“A música é cultura, mas ao mesmo tempo é crítica”

Notícia

“A música é cultura, mas ao mesmo tempo é crítica”

Uma vida dedicada à música e aos ensinamentos da arte. Natural de Lajeado, Solon Azambuja Chaves, 51, toca quatro instrumentos e vive de música faz 30 anos. Muito conhecido na região, tem em suas raízes o rock and roll e…

“A música é cultura, mas ao mesmo tempo é crítica”

Uma vida dedicada à música e aos ensinamentos da arte. Natural de Lajeado, Solon Azambuja Chaves, 51, toca quatro instrumentos e vive de música faz 30 anos. Muito conhecido na região, tem em suas raízes o rock and roll e a MPB. Além de tocar, é professor e passa os seus ensinamentos para alunos de diferentes perfis musicais.

• Como foi o seu início na música?

Foi tardio. Meu primeiro contato com a música veio quando eu tinha 12 anos, quando comecei a tocar trompete. Depois aprendi a tocar violão, aos 13. Minha mãe tocava piano e meu pai gostava muito de música. Então assim começou o meu interesse. Lajeado teve um festival chamado Musivale, acho que foi em 1982, que era muito legal. Foi este festival que me abriu as portas e me fez conhecer outros músicos também. Agora já tenho 30 anos de carreira.

• Quantos instrumentos toca?

Toco guitarra, violão e meu instrumento de grupo é o contrabaixo, sou baixista. Com 50 anos estou estudando teclado. Estudei piano quando pequeno e larguei. Agora estou realizando o sonho de tocar este instrumento.

• Quais as suas inspirações?

Quando comecei a tocar minhas inspirações eram o rock and roll. Led Zeppelin, Pink Floyd e Bob Dylan principalmente. Depois peguei gosto pela música brasileira. Na década de 80 tocava muita coisa legal nas rádios. Gilberto Gil, Djavan, João Bosco. A Cor do Som era uma banda que eu curtia muito. Iniciei nas aulas de música em Porto Alegre, e lá passei a ouvir e tocar outras coisas que eu não tinha muito acesso. Gosto muito de MPB, jazz e música instrumental também.

• Como é passar os ensinamentos?

Dou aula para adolescentes e para pessoas em geral que querem aprender a tocar algum instrumento. São perfis bem distintos. Geralmente quando me procuram já me conhecem, sabem a forma que eu toco. Minha forma de dar aula é bem livre. Deixo o aluno tocar o que gosta, e depois mostro novas perspectivas. Tem o aluno que é mais focado, quer aprender a ler partitura. E tem o aluno que é aquele cara que começou a tocar depois dos 50 anos. Quer tocar para chegar em casa e relaxar. Nem que seja aprender duas músicas no violão. É mais no propósito de ser uma terapia. É algo que eu não entendia e hoje com mais experiência sei bem como é.

• Qual a importância da música?

A música é cultura, mas ao mesmo tempo é crítica. A música sempre manifesta de uma maneira ou de outra a cultura. Sempre foi assim e sempre vai ser. Dos EUA vieram o blues e o jazz, que eram músicas de protesto por parte dos negros. No Brasil teve o samba. Era uma forma de protestar e até hoje é assim. As épocas mudam, mas o propósito da música continua o mesmo.

Acompanhe
nossas
redes sociais