“O nordestino transforma o sofrimento em comédia”

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“O nordestino transforma o sofrimento em comédia”

Wallisson Alberto Silva Gomes, o Walli, é natural de Terezina, capital do Piauí, e mora em Lajeado. Sonha em viver da comédia e, aos poucos, começa a tornar esse trabalho conhecido. Muito devido ao perfil no instagram (@walli_alberto). Hoje tem…

“O nordestino transforma o sofrimento em comédia”

Wallisson Alberto Silva Gomes, o Walli, é natural de Terezina, capital do Piauí, e mora em Lajeado. Sonha em viver da comédia e, aos poucos, começa a tornar esse trabalho conhecido. Muito devido ao perfil no instagram (@walli_alberto). Hoje tem quase 9 mil seguidores.

• Como se escreve seu nome?

Não me pergunte por que tem dois “L” e dois “S”. Eu não sei.

• Talvez seja para competir com o Whinderson Nunes (comediante mais famoso da internet no país)?

Cara, no Nordeste, principalmente no Piauí, as famílias gostam disso mesmo. Dinheiro não tem, mas letra no nome…

• Qual tua idade?

Hum… trint… precisa responder mesmo? Tá bom. Vamos lá. De Frente com Gabi. 32 anos.

• Bah, mas tu está acabado, hein?

(risos) É o sol de vocês aqui. No Nordeste não tinha.

• Como veio parar no Sul?

Meu cunhado veio com a esposa. Ela havia passado em um concurso público para Bento Gonçalves. Quatro anos depois, viemos passear. Conhecemos o Vale dos Vinhedos, Gramado, Canela. Não tinha como não se apaixonar. Saimos decididos a voltar para morar. Isso foi no fim de 2017.

• Como foi a adaptação?

Pensamos que seria ruim. Mas, graças a Deus, foi muito bom. No Nordeste, os comentários é que o povo gaúcho é carrancudo e por vezes preconceituoso.

• Sofreu algum preconceito?

Uma vez. Eu estava entregando currículos e fui em uma loja. O cara pegou, olhou. “ah, tu é do Piaiu”. Já amassou o papel na minha frente e colocou fora. Mas no geral, a aceitação foi muito boa. Quem me segue no insta tem sido muito carinhoso. Hoje me sinto bem aqui.

• No país, grandes nomes da comédia são do Nordeste. Por quê?

Sim. Desde Chico Anysio, sempre tivemos expoentes. Para mim, o maior é João Carlos Moreno, que é lá da minha terra. Acho que é muito pelas mazelas. O nordestino transforma o sofrimento em comédia. Não é fechar os olhos para a dor do outro, mas tentar, nem que seja por um minuto, fazer com que sinta alegria.

• Como foi levar o humor à web?

Meu cunhado (Samuel) me ajuda muito. Ele me deu essa ideia. Lá no Nordeste, há muita gente fazendo isso. Aqui não. Eu busco levar histórias do cotidiano, da minha vida, e fazer comédia com isso. Tem sido legal pois quem me conhece depois, vê que sou mesmo daquele jeito.

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