Originária do leste da África, a rosa do deserto brota em cores e tamanhos únicos na casa de Sérgio Krein, em Cruzeiro do Sul. Ele conheceu a flor pela internet há oito anos e importou algumas sementes da Tailândia e China para iniciar o cultivo.
Para brotar, desde a germinação até a floração, leva em média um ano e meio. “Tenho mais de dez variedades e cores diferentes, resultado de enxertos e cruzamentos. São exemplares simples ou de até três camadas de pétalas, em tons brancos, amarelos, vermelhos, roxo, lilás, alaranjado e mescladas”, frisa.
De acordo com o produtor, a planta, exige cuidados com a quantidade de água. “A abundância ou a falta dela pode matar”, observa. Na propriedade, ele mesmo prepara o substrato. Os fungos são controlados com produtos biológicos.
No fundo de casa, as rosas ficam expostas em uma estrutura montada e protegida por uma sombrite. “Abaixo de 10 graus ela já sofre. No inverno instalo lâmpadas para manter a temperatura mais elevada”, ensina.
O valor dos exemplares varia de acordo com a cor, idade e raridade e chegam a custar até R$ 10 mil. “Podem ser acomodadas em qualquer ambiente, desde que aja claridade e peguem até três horas de sol”, explica.
Rara e única
A propriedade de Krein, a flor é produzida apenas como hobby, no entanto, a busca crescente devido às postagens em redes sociais podem mudar os planos no futuro. “A beleza, as cores e a possibilidade de acomodar ela em qualquer lugar chamam a atenção de todos”, destaca.
Entre as curiosidades, cita o formato e a possibilidade de ter até cinco cores diferentes em uma única planta. “A gente faz isso através do enxerto ou por pressão, onde o caule é menos prejudicado”, frisa.
Segundo ele, no vaso, a terra deve ser trocada a cada dois anos para garantir novos nutrientes. As florações iniciam em setembro e se estendem até maio. “A polinização precisa ser feita manualmente”, finaliza.