Desde o dia 9 de novembro, o sino da igreja católica de Linha Cairú convida novamente os moradores para as missas. Isso graças ao empenho das oito famílias associadas à comunidade São José.
A igreja foi edificada em madeira no ano de 1946, sendo uma das únicas da Diocese de Santa Cruz do Sul no estilo enxaimel. Já o sino, colocado em uma estrutura ao lado, estava abandonado há quatro anos. Para conseguir fazer a reforma, contaram com a doação de materiais de construção, como cimento, areia e postes. A mão de obra ficou por conta dos sócios.
Um dos pedreiros foi Ilário Pimentel da Silva, 65, morador da localidade faz 16 anos. “Quando cheguei aqui iam fechar a capela por falta de manutenção da estrutura. Agora a realidade é bem outra”, alegra-se.
A primeira reestruturação ocorreu em 2016, após a transferência do padre Rafael Henrique Toillier. Foi reformada a área externa com a pintura, troca de janelas e o altar. Já neste ano, as famílias decidiram pela troca da estrutura do sino.
As missas são realizadas uma vez por mês. Para arrecadação, a diretoria organiza pequenas confraternizações no salão localizado nos fundos da igreja. A próximo evento ocorre no dia 20 de dezembro, com missa de encerramento e música ao vivo.
“Sonhei com o padroeiro”
A esposa de Ilário, Salete Pimentel da Silva, 68, também colabora com a comunidade. Ela recorda da trajetória da família antes de morar no interior de Travesseiro. “Morávamos em Francisco Beltrão, no Paraná, quando decidimos nos mudar”, conta.
Dias antes, Salete teria sonhado com a imagem do santo São José. O fato curioso viria dias depois. “Quando chegamos aqui em Travesseiro, o padroeiro da comunidade era o mesmo do sonho. Me senti no compromisso de ajudar a comunidade”, afirma.