O escritório regional da Emater de Lajeado, com abrangência em 55 cidades dos Vales do Caí e Taquari, reuniu técnicos, parceiros e autoridades políticas para divulgar o relatório de ações desenvolvidas pela entidade ao longo do ano.
Conforme o gerente adjunto, Carlos Augusto Lagemann, foram realizadas 20.929 visitas, totalizando 170.767 atendimentos. “Cada família recebeu em média oito vezes a orientação técnica ao longo de 12 meses”, enfatiza.
Como polo produtor de alimentos e com a marca da diversificação, o gerente regional Marcelo Brandoli destacou a importância da assistência para tornar os Vales mais produtivos e eficientes, com foco sempre na agricultura familiar. “Somos referência em produção de leite, suínos, aves, carvão vegetal, flores, frutas, erva-mate e outras culturas. O trabalho feito pela Emater reflete em resultados positivos para todos”, acredita.
Na Regional atuam 183 profissionais, entre engenheiros agrônomos, técnicos, assistentes, extensionistas e estagiários.
Entrevista
Qual a importância do trabalho para a agricultura familiar?
Carlos Augusto Lagemann – Somos uma das poucas entidades que está no dia a dia dentro de todas as propriedades do estado. Nos fazemos um trabalho filantrópico e gratuito, sem interesse econômico. Nossa assistência está preocupada, única e exclusivamente em atender a necessidade do agricultor e fazer com que evolua socialmente e economicamente. Nós não vendemos nada. Buscamos junto às instituições de pesquisas e universidades as últimas tendências de técnicas e tecnologias disponíveis no mercado e procuramos fazer este elo de ligação com o produtor que precisa cada vez mais delas.
A prioridade é a diversificação?
Lagemann – Ela dá segurança econômica e alimentar para a família. Trabalhamos o princípio de que o agricultor primeiro precisa ter a oferta de alimentos para seu consumo e depois vender o excedente e atender a demanda do mercado. Com apenas uma linha de produção, se este produto tem uma queda de mercado, sofre alguma barreira e que o impeça de comercializar, terá dificuldades de se manter na lavoura. A agricultura é de alto e baixos. Ao ter duas, três ou mais alternativas, dificilmente todas registrarão perdas simultaneamente.
E os desafios para 2020?
Lagemann – Nossa relação com o governo mudou. O convênio foi renovado por seis meses e o desafio é encontrar uma forma que nos permita, com segurança, manter este trabalho direto na propriedade em contato com o produtor. Temos estrutura e técnicos capacitados para atender as mais diversas demandas, sendo muitas vezes a única ajuda técnica que chega às famílias.
Números
Dias de campo – 103 (3.077 participantes)
Exposições – 145 (7,3 mil)
Seminários – 470 (19,5 mil)
Palestras – 480 (10,1 mil)
Capacitações 260 (3,2 mil)
Reuniões – 1.907 (21,5 mil)
Visitas – 37.179 (45,3 mil)
GIOVANE WEBER – weberjornalismo@gmail.com