Na ponta dos pés ou dos patins: dança como estilo de vida

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Na ponta dos pés ou dos patins: dança como estilo de vida

Nesse fim de semana, Lajeado recebe os shows de patinação Tributos e O Contador de Histórias, e o espetáculo de ballet Quebra-nozes

Na ponta dos pés ou dos patins: dança como estilo de vida

Estar em cima dos patins é mais do que um meio para praticar esporte. É também um estilo de vida que envolve valores de família e amizade. A professora de patinação artística Andréa Leonhardt Esperon sabe bem. Ela ganhou seus primeiros patins com cerca de nove anos e, a partir de então, nunca deixou de treinar.

A carreira dela com o esporte lhe rendeu os títulos de Bicampeã Gaúcha, Bicampeã Catarinense, Vice-campeã Brasileira e o 7º lugar no Campeonato Mundial. Na ocasião, competiu ao lado do irmão Guilherme Leonhardt, que hoje mantém algumas escolas da modalidade pela região.

Ao contar essas histórias, algumas lágrimas escapam dos olhos de Andréa. Essa paixão ela passou para a filha Valentina Leonhardt que, aos três anos, já participava das aulas que Andreia ministrava em Santa Catarina. “Depois de um campeonato que sediamos, a Valentina disse que era a vez dela se apresentar. Colocamos uma música e ela inventou a coreografia”, conta Andréa.

ESCOLHIDA_Patinação - Antônio4Valentina já coleciona títulos como o de Campeã Mercosul, Campeã Gaúcha e Vice-campeã Brasileira na modalidade Artística. “Quando estou patinando, me entrego à dança e aos movimentos e esqueço de tudo aqui fora”, conta Valentina.

Hoje a menina treina na escola de patinação que a mãe inaugurou em Lajeado no início de 2011, o Centro de Patinação Lajeado. Ao lado de Andréa, a professora Pâmela Krakhecke também ministra as aulas em Lajeado, Santa Clara do Sul e Guaporé, e ajudou na elaboração do espetáculo Tributos, com 20 apresentações em homenagem a grandes cantores que marcaram época.

Segundo Andréa, todos os figurinos são renovados a cada ano, e desenhados por ela e Pâmela. “Nós temos uma costureira para nos auxiliar, mas os acabamentos são feitos à mão mesmo, por nós”.

Para além do esporte

Outra história marcante é de Antônio Brandão, 24, que deu os primeiros passos em cima de um patins aos cinco anos. Foi algo que despertou em mim. Quando pequeno arrancava a caçamba dos meus caminhões de brinquedo e usava a base e rodinhas para fingir que eram patins”.

A paixão pela patinação foi deixada de lado aos 11 anos mas, em 2018, Antônio retornou às rodinhas já conquistando os pódios. Hoje, é Vice-campeão Mercosul 2019 na categoria Free Dance Aspirantes N2.

Para Antônio, a patinação é também uma forma de canalizar a energia e de levar uma vida mais saudável e divertida. O esporte rendeu muitas amizades e fortaleceu laços, além de ajudar a ultrapassar as barreiras do preconceito e das diferenças.

Conforme o patinador, ainda existe o mito de que “patinação é coisa de menina”. “Há quanto tempo o futebol já provou que meninas podem e fazem esporte com tanta destreza e talento quanto os homens? Isso vale para a patinação artística também”. Antônio conta que enfrentou muito preconceito no início da trajetória. Hoje em dia tiro de letra. Amo ser patinador, mesmo sendo um dos poucos garotos da escola”.

Como inspiração, Antônio tem a técnica Jaqueline Nonnenmacher, da CIA Sobre Rodas, e o irmão Josselito Brandão, que é professor de história. O personagem principal do espetáculo O Contador de Histórias, que ocorre neste domingo, é inspirado nele. “Encontrei no personagem uma forma de homenageá-lo, inclusive ao usar a maleta que foi dele como parte do figurino do personagem”.

ESCOLHIDA_ballet - IsabelaNa ponta dos pés

Mesmo quando os pés da bailarina Isabela Ciceri Herol, 13, recém aprendiam os primeiros passos de dança, as sapatilhas e o colantt já faziam parte do traje de treinos da menina. A história dela com o ballet iniciou aos três anos. “Descobri um amor muito especial pela dança. Para mim ela é arte, uma forma de me expressar sem o uso de palavras”.

Há uma década decorando passos e coreografias, Isabela sempre foi muito focada e dedicada durante as aulas. Insistia na dança até cansar, porque tinha o sonho de ganhar o papel principal em uma apresentação de ballet. O esforço valeu a pena e ela interpretará a personagem principal do espetáculo Quebra-nozes, nesse domingo. As danças serão apresentadas por cerca de 150 bailarinos da professora Alessandra Espíndola, de cidades como Lajeado, Arroio do Meio, Encantado, Anta Gorda e Estrela.

Para que tudo saia como planejado, Isabela teve muito ensaio. “Interpretar a Clara está sendo uma experiência incrível, era um sonho de infância ter um papel tão importante em uma apresentação”, conta a menina.

Sobre os espetáculos

Sobre os espetáculos

Espetáculo Tributos: 14/12 às 20h no Ginásio do Ceat, em Lajeado. Ingressos podem ser adquiridos antecipados com os patinadores e na hora. Arquibancada (25,00), cadeira vip pista (R$ 40).

O Contador de Histórias: 15/12, às 20h, no Ginásio Nelson Brancher, em Lajeado. Ingressos podem ser adquiridos antecipados (R$ 20) com os patinadores ou na hora do espetáculo (R$25). Crianças menores de 5 anos não pagam.

Quebra Nozes: 15/12 às 20h no Teatro da Univates, em Lajeado. Os ingressos podem ser adquiridos antecipados na escola de dança e na hora do espetáculo. Plateia baixa (R$ 70), plateia alta (R$ 60) e estudante meia entrada.

 

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