Ex-vereadora e atual presidente municipal do PP de Teutônia, Mareli Vogel vem sendo alvo de críticas internas por parte de correligionários regionais do Partido Progressista. Entre os apontamentos de alguns colegas partidários, uma suposta preocupação maior com “questões pessoais” em detrimento aos interesses da sigla na cidade. Ela se defende. Em nota, afirma que “divergências internas são normais” e garante harmonia com o diretório estadual.
As desavenças aumentaram após a divulgação, nesta coluna, de um contrato firmado entre o governo de Teutônia e a empresa Politiza, de propriedade da ex-vereadora. O valor é de R$ 4,8 mil. Sobre isso, ela afirma que o processo de contratação foi “extremamente transparente e dentro da legalidade”, sendo, inclusive, aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores local.
Ainda sobre a empresa citada, Mareli defende a necessidade do contrato. “A empresa oferece serviços de Consultoria e Assessoria Pública e Politica”, diz. “A missão da empresa é a qualificação e aprimoramento da Gestão Pública, bem como a formação e qualificação de lideranças políticas em um tempo de mudança e inovação que estamos vivendo”, acrescenta, citando ainda a presença de parceiros “especializados e qualificados”.
Mareli considera que a polêmica envolvendo seu nome enquanto presidente do PP de Teutônia “nada mais é do que uma demonstração da importância e da força do partido Progressista na política local”. Segundo ela, os recentes ataques são consequência da reestruturação da sigla na cidade. “Querem barrar e impedir nossa reconstrução. Tenho clareza de que isso faz parte do jogo. Como tudo na vida, não se consegue agradar a todos.”
Ainda de acordo com ela, as divergências internas fazem parte do processo democrático, do amadurecimento e fortalecimento do partido. “Isso é comum em todos os partidos políticos. Minhas posições sempre foram e serão em defesa dos princípios, dos valores e da integridade e unidade do PP.” Nesta semana, ela levou esses mesmos argumentos ao presidente estadual da sigla, Celso Bernardi (FOTO), que também havia sido procurado pelos “adversários” dela.
Reforma da prefeitura
A empresa Vicente Saldanha Serviços de Infraestrutura Civil, com sede em Canoas, e que havia oferecido uma proposta de R$ 1,2 milhão para a reforma e ampliação da prefeitura de Lajeado, foi desclassificada no processo de licitação diante de inconsistências nos custos da mão-de-obra e material. Diante disso, foi declarada vencedora a empresa Vincere, de Lajeado, a mesma que repaginou o pórtico do Parque do Imigrante. O custo total será de R$ 1,3 milhão e as obras devem iniciar em janeiro, logo após a liberação pelo IPHAE.
90 anos
A Câmara de Encantado indicou Moção de Aplauso para a Escola Estadual de Ensino Fundamental Farrapos, que completa 90 anos de fundação em dezembro. É uma das mais tradicionais da região.
Mozart deixa a Câmara
Com a volta de Lorival Silveira (PP) em 2020, o líder de governo e suplente de vereador Mozart Lopes (PP) deixará o plenário de Lajeado. Ele também faz parte da CPI sobre as denúncias contra o ex-coordenador do Departamento de Trânsito, Carlos Kayser (PP).
Coligação definida
Na noite de terça-feira, em Arroio do Meio, mais de 150 pessoas se reuniram para o encontro da coligação PDT e PP. A dobradinha para 2020 ainda não está definida. Inicialmente, foram ventilados os nomes de Danilo Bruxel (PP) e Darci Hergessel (PDT). Porém, o pedetista avisou que não concorreria. Mas tudo pode mudar. No evento, também estavam presentes Gustavo Kasper, Áureo Scherer e o vereador Vanderlei Majolo (PP).
Testes para Cerbaro
Nesta semana, o ex-prefeito de Progresso Edegar Cerbaro (PP) realizou exames médicos e perícia para assumir o cargo de Coordenador da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Ele vai trabalhar ao lado do coordenador adjunto, Ederson da Rocha, do PTB de Teutônia. Hoje a sede está em Lajeado, e em breve deverá ser transferida para Estrela. É uma “regionalização” completa.
Esclarecimento!
A Assessoria de Comunicação da prefeitura de Lajeado entra em contato para corrigir este colunista. No artigo principal de ontem, ao citar os gastos com a agência de comunicação Engenho de Ideias, publiquei que o governo possui um contrato de R$ 1,4 milhão com a empresa. Não está incorreto. Mas é necessário especificar que, deste montante, R$ 900 mil ficam com o Executivo e R$ 500 mil com o Legislativo.
Médio x Superior
Após três anos da atual gestão, um projeto de lei encaminhado à câmara de vereadores pelo Governo de Lajeado altera os critérios exigidos para efetivar o Ouvidor-Geral do município. Pela lei atual, é exigido Ensino Superior para o referido servidor público. Já pela nova proposta, será necessário apenas o Ensino Médio. A justificativa do poder público para – de certa forma – desqualificar a função é compreensível. Segue a mensagem disposta no documento:
“A alteração está relacionada ao nível de dificuldade das atribuições do cargo, que não compreendem tarefas técnicas ou de maior complexidade que justifiquem a exigência de escolaridade superior. Dessa maneira, será possível que o cargo seja ocupado por pessoas que tenham conhecimento e experiência na área relativa ao atendimento de usuários dos serviços públicos, no recebimento de denúncias e no fluxo de processos administrativos.”