Há duas semanas do Natal, comerciantes estão otimistas com as vendas deste ano. Nas seis maiores cidades da região, a estimativa é de superar em no mínimo 5% os negócios em comparação com 2018.
A liberação dos R$ 500 do Fundo de Garantia (FGTS) e o 13º salário são as principais apostas dos representantes dos lojistas. Para o presidente da CDL Lajeado, Heinz Rockembach, a instabilidade econômica no ano foi prejudicial para os empreendedores.
A gerente de uma loja de roupas no centro de Lajeado, Jéssica Heineck, está otimista. “Já superamos a meta.” As promoções antecipadas da Black Friday foram responsáveis pelo resultado. “Crescemos bastante. Bombou”, realça.
Em média, diz, o tíquete por cliente está em R$ 200. Promoções e o prazo acima dos 90 dias sem juros são ingredientes para atrair os consumidores, aposta Jéssica.
Em outro estabelecimento de moda, a gerente Juliana Dick, também acredita em resultados acima do ano passado. Algo de 10 a 15% a mais nas vendas. O atendimento, aliado a variedade de artigos, promoções e condições de pagamento são a receita, acredita.
Além de roupas e calçados, outro são móveis, eletrodomésticos e eletrônicos. Em uma loja especializada nestes produtos, o gerente Carlos Furlanetto, diz que o movimento tem sido intenso. “Não tanto quanto a cinco ou seis anos atrás, mas aos poucos percebemos uma melhora nas vendas”, diz. Muito dessa procura estão nos aparelhos celulares.
“Pés no chão”
Os presentes para as crianças estão no topo da lista. Mesmo assim, o proprietário de uma loja de brinquedos, Volmar Parise não faz projeções para vender mais. “Se for o mesmo do ano passado está bom.” Essa baixa expectativa se deve ao momento econômico. “Os clientes não deixam de comprar, mas gastam bem menos”.
Na casa de Geni e Nelson Dill, a tradição do Natal é reunir toda a família. São 18 pessoas. O combinado para este ano é diferente. Será um amigo secreto para gastar menos. “Todo mundo economiza e ganha um presente”.
O neto, Cícero, também já sabe que não vai ter presente neste ano. “Já ganhei dinheiro quando fiz a primeira comunhão.” Conforme Nelson, inclusive a ceia será econômica. “Cada um traz um pouco e daí não sai pesado para ninguém.”
Esse comportamento está cada vez mais comum, afirma a gerente de um estabelecimento de roupas infantis, adultas e enxoval, Isalete Brönstrup. “Antes as pessoas compravam presentes para todos. Agora não tem sido assim.”
PELA REGIÃO
Lajeado
Estimativa da CDL é para uma alta de até 15% nas vendas em relação ao ano passado.
Estrela
Conforme o setor de comércio da Cacis, a previsão é de incremento mínimo de 5%.
Teutônia
Os estabelecimentos, conforme a CIC, acreditam em 6% de acréscimo neste Natal em relação a 2018.
Encantado
A CDL espera que os negócios alcancem 8% de elevação neste Natal.
Arroio do Meio
Na avaliação preliminar da CDL, as metas dos lojistas é de alcançar 10% de aumento nas vendas.
FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br
