O debate sobre a arborização dos centros urbanos ainda é incipiente na região. Muito embora existam alguns planos cadastrados em determinados órgãos públicos, as soluções apresentadas até o momento deixam a desejar. Na reportagem do colega jornalista Felipe Kroth, publicada no fim de semana passado, um pré-anúncio interessante para Lajeado: a implantação de “jardins” ou “zonas verdes” na Rua Júlio de Castilhos.
As chamadas zonas verdes, assim como os parklets, são extensões da calçada inspiradas principalmente em cidades norte-americanas, como São Francisco e Los Angeles. Além de chamar a atenção para o excesso de prioridade concedido aos carros nos centros urbanos, esses espaços de convivência podem acolher o plantio de árvores de pequeno ou médio porte, além de flores e afins. É possível plantar até árvores frutíferas em meio aos prédios.
É preciso ser criativo para driblar a falta de planejamento que transformou a principal rua da cidade em um deserto de concreto. E quando se fala em planejamento, é preciso incluir poder público e privado. Afinal, a ausência de verde na via mais comercial da cidade não possui um só responsável direto. Da mesma forma, a solução não pode partir de um só lado. É preciso união de esforços e de investimentos para uma melhor qualidade de vida para todos.
Sobre as áreas verdes, ou zonas verdes, será preciso trabalhar firme a conscientização. Vagas para automóveis serão extintas, e isso deve gerar intensos debates entre concessionária responsável pela área azul, poder público, vereadores, motoristas e comerciantes. Mas valerá a pena, acreditem. E também vale a pena repensar o corte de árvores em outras ruas centrais. Muitas vezes, o verde é a melhor propaganda.
Mundo afora, as cidades com melhores índices de qualidade de vida trabalham a conscientização e apostam nessa melhor harmonia entre o concreto, o trânsito e a natureza. E essa cultura só é possível graças à união entre poder público, privado e sociedade. Em um primeiro momento, eu sei, cenas de absoluta harmonia como essa da foto, em Treviso, na Itália, até parecem distantes da nossa realidade. Mas não custa tentar!
Lombadas e Borrachudos
Em Encantado, a velocidade dos veículos e a proliferação de mosquitos borrachudos repercutiram no plenário da Câmara de Vereadores. Diante do asfaltamento da Rua Coronel Sobral, Valdecir Cardoso (PP) solicita um estudo técnico para a colocação de quebra-molas ou lombadas em alguns locais de movimentação popular. A colega dele,
Jaqueline Taborda (PDT), pede o mesmo dispositivo na Rua João Sana, em frente à Casa Veterinária. Já o vereador Moacir Tramontini (PTB) cobra com urgência a aplicação de veneno contra mosquito borrachudo nas comunidades do interior, entre essas, Linhas Garibaldi.
Nem tão estranho assim…
Sobre o requerimento do vereador, Carlos Ranzi (MDB), solicitando à prefeitura o contato de todos os presidentes – e componentes – dos Círculos de Pais e Mestres (CPM) e Associações de Pais e Funcionários (APF) das 41 escolas municipais de Lajeado, a assessoria do parlamentar explica: querem entrar em contato com todos os integrantes para orientar as entidades na busca por recursos do programa “Nota Fiscal Gaúcha”. O mesmo processo foi realizado com a Apama, que já recebeu R$ 35 mil.
PDT no Vale
No sábado passado, no Estrela Palace Hotel, cerca 150 líderes de 30 municípios do Vale do Taquari participaram de um encontro organizado pelo Coordenador Regional do PDT, José Scorsatto. No evento, palestras com Lieverson Perin especialista em direito eleitoral, e com um publicitário conhecido na região, Zeca Honorato. Já no próximo dia 11, em Arroio do Meio, no Hotel Moinho da Luz, ocorre o tradicional jantar do partido. Será o “Encontro da Mudança”.
Eleições do DCE
Nesta sexta-feira encerra o pleito para escolha da nova direção do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Univates. E ontem, um capítulo à parte. A atual diretoria usou a página oficial do DCE para anunciar uma polêmica decisão. Na íntegra, publicaram: “A Comissão Eleitoral DECIDE pela decisão de impugnação da Chapa recorrente”. No caso, a Chapa 4.
As denúncias encaminhadas pelas outras três chapas são referentes a supostas irregularidades na campanha – “fixação de propagandas em lugares não pertinentes e uso de adesivos”. Mas a postagem de ontem é um tanto temerária. Apesar de anunciar a “anulação dos votos da Chapa 4”, não fica claro se o grupo foi efetivamente excluído do pleito. De concreto, mesmo, apenas o dano causado a este grupo de alunos.
Diante das incertezas, apoiadores da chapa ora impugnada reagiram na própria postagem do DCE, no Facebook. “Não tem nada decidido e a Chapa 4 vai buscar recurso”. “Essa decisão foi tomada sem direito a defesa”. “Falam em cancelar os votos para que as pessoas pensem que não adianta mais votar.” A quinta-feira promete ser tensa nos corredores da Univates. E o universo político-acadêmico está pegando fogo em Lajeado.