Estratégia de natal

Opinião

Sérgio Sant'Anna

Sérgio Sant'Anna

Publicitário

Assuntos e temas do cotidiano

Estratégia de natal

Vale do Taquari

Não há como negar que o ano passou voando e não faltaram notícias e lorotas para nos fazerem desviar a atenção do nosso foco. Assim, quando menos se espera, é Natal! Mas ainda temos um mês para a data, então porque já falar dela hoje? Bem, segundo as últimas notícias, o índice de confiança do consumidor teve crescimento, em função das expectativas com a Black Friday e das intenções de compra de itens duráveis para o final do ano, assim como também apresentou crescimento, em outubro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, segundo CNC. Isso é bom e alvissareiro, ainda mais considerando que o país continua com mais de 12 milhões de desempregados e outros tantos milhões sem carteira assinada, se virando por conta própria (11,8 milhões, conforme o IBGE).
Sempre digo, o Vale do Taquari é um oásis nesse universo. Produz alimento e muitas são as famílias que possuem terras. Belezas naturais é o que não falta, tem cultura enraizada pelas mãos dos imigrantes e ainda busca ter Lajeado como um polo de tecnologia e smart city. Então, nesse imbróglio contemporâneo pós-moderno, como diria o admirável compositor nordestino Zeca Baleiro, como ficamos nós, simples seres humanos, detentores de sonhos, empreendimentos, negócios e famílias?
Talvez aí o Natal possa nos ajudar. Afinal, qual é o nosso propósito? Tudo bem que, para muitos, o Natal é apenas uma celebração cristã. Mas saibam que, no século 2, a mesma data homenageava o deus persa Mitra, que representava a luz e era uma divindade das mais respeitadas pelo romanos. Estas e muitas outras comemorações pagãs, como o solstício de inverno nos países nórdicos até a referência a São Nicolau – inspirador da imagem do Papai Noel que hoje temos – são todas belas histórias para fazermos desse período do ano algo especial. A Coca-Cola que o diga, pois duvido que alguém na empresa tivesse noção da representatividade que o seu Santa Claus, desenhado em 1930, alcançaria no inconsciente coletivo de todas as crianças, pequenas e grandes, até os dias de hoje.
Óbvio que estou vendo o lado comercial da coisa. Mas não desprezo, de forma nenhuma, toda a religiosidade agregada ao tema – muito pelo contrário, até porque 25 de dezembro também é a data do meu aniversário 😀 – o que quero, na verdade, é propor que se aproveite a época para rever nossos conceitos sobre tudo: negócios, humanidade, integração, diversidade, respeito pela vida. Por exemplo, que tal atrelar às suas iniciativas do dia a dia algumas atividades do bem. Se você já faz, maravilha, que as façanhas sirvam de exemplo!
Se você tem um empreendimento, uma marca, um negócio, pense que diante do mundo complexo e competitivo que enfrentamos, para conquistar o seu cliente não basta vender um produto, é preciso vender valor, conectar-se ao seu público, até mesmo apoiando uma causa que ele acredite. Segundo pesquisas, 91% das pessoas com idade entre 25 e 40 anos preferem marcas que estão associadas a uma causa e, seis entre 10 delas, afirmam que optariam por trabalhar em empresas que têm algum propósito social.
Segundo Ari Kalfayan, existem dois tipos de empreendedores: os que querem apenas ficar ricos e aqueles que querem provocar mudanças no mundo. Por que não, aproveitar esse um mês que antecede o Natal e trabalhar numa estratégia que integre esses objetivos. O teu cliente agradece. Desde já, Feliz Natal!

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