Em mais uma etapa da Operação Lamanai, que apura crimes financeiros cometidos pela empresa Unick Forex, a PF concluiu o relatório parcial sobre o caso. Até agora, foram indiciadas 13 pessoas que estariam envolvidas em esquema de pirâmide financeira.
Os envolvidos respondem por organização criminosa e crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. A polícia, no entanto, esclareceu que cada um dos investigados foi indiciado de acordo com a sua participação.
O próximo passo do inquérito é a análise do material apreendido desde o dia 17 de outubro, quando a empresa do Vale dos Sinos foi fechada. O objetivo é esclarecer se houve mais crimes e ainda verificar a possível participação de mais pessoas no esquema.
De acordo com a polícia, a Unick era administrada em São Leopoldo. A empresa, que estava proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no mercado financeiro e teria captado ilegalmente quase um milhão de clientes.
Pela apuração inicial, a movimentação financeira chegava a R$ 40 milhões por dia. Foram dez meses de investigação antes do fechamento da empresa. Junto com a operação, também foram cumpridas medidas cautelares de sequestro de bens, bloqueio de dinheiro em contas bancárias e apreensão de veículos. De acordo com a PF, a Unick movimentou R$ 9 bilhões neste ano.
A lista de clientes tinha pessoas de vários estados do país, também dos Estados Unidos e da Europa. A Unick prometia dobrar o capital investido em seis meses e também pagava comissões quando os clientes indicavam outras pessoas. A empresa atuava em 14 países.
Crime financeiro
PF indicia 13 pessoas da Unick Forex por organização criminosa
Empresa foi fechada no dia 17 de outubro pela Receita e pela Polícia Federal (PF). Suspeita é que organização liderava esquema de pirâmide financeira.
