A comunidade de Encantado ficou, definitivamente, de “saco cheio” do pedágio instalado em Palmas. Não bastasse a suspensão da cobrança, conquistada por meio de ação pública movida pelo Ministério Público local, agora ergue movimento para que a praça seja retirada de forma permanente da rodovia. Com detalhe, todas as “forças-vivas” endossam o pedido.
E para não ficar apenas no desejo, uma comitiva representando oito entidades, com representantes do Executivo e do Legislativo, foi até a capital gaúcha formalizar o pedido de retirada da praça administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias. Em audiência com o secretário de Transportes, Juvir Costella, sustentam o pedido na ineficiência da EGR e na falta de investimentos estruturais realizados na rodovia ao longo dos últimos anos.
Certo ou errado, uma coisa fica clara: o Estado precisa acelerar a revisão do modelo EGR. O que ocorre em Encantado é o mais claro retrato de que a estatal deu errado. A incompatibilidade entre arrecadação e investimento é verificável nas demais praças de pedágio que circundam o Vale: Cruzeiro do Sul, Boa Vista do Sul e Venâncio Aires. Nas três, as rodovias têm problemas estruturais e não têm nenhuma previsão para ocorrerem obras de maior impacto.
Diante de tudo isso, está mais do que na hora de encerrar a EGR e terceirizar a administração das rodovias estaduais. Repassar à iniciativa privada – mediante contrato coerente, seguro e transparente – é dos males o menor. O Estado confirmou, uma vez mais, ser incapaz de gerir pedágio e usar o dinheiro para melhorar as respectivas rodovias.
O governador Eduardo Leite pediu dois anos para a extinguir a EGR – tem mais um – e propor um novo modelo. Mas, bem faria o chefe do Piratini se apressasse a mudança e desse um fim mais rápido a este sistema criado em 2013 que chega seis anos depois sem ter feito a diferença na vida dos gaúchos. Se bem que fez, mas no bolso.
Será mesmo?
Faltam dois meses para o fim de 2019. Em janeiro já entramos no último ano dos quatro de Legislatura dos atuais governantes. Em Lajeado, por incrível que pareça, tudo caminha para que o projeto do novo Plano Diretor fique para ser votado em 2020. Será mesmo que a Câmara deixará para o ano eleitoral, decidir por algo tão fundamental para o futuro de Lajeado? Teremos maturidade política para decidir com a razão e não com a emoção e os olhos na eleição?
A Hora e as eleições
As eleições municipais sempre são um momento muito especial. Provocam impacto singular na vida e no ritmo das cidades. Por assim ser, e pela relevância do fato, o A Hora apresenta, nos próximos dias, o projeto A Hora Política Cidadã. Trata-se de uma ampla e singular abordagem acerca de tudo que antecede a corrida eleitoral de 2020.
Mais do que isso, apresentará, ao longo dos 12 meses subsequentes, reportagens analíticas, opinião, pesquisas, levantamento de dados, entre outros, a fim de municiar os eleitores regionais acerca do trabalho, dos custos, da relevância e do comportamento dos gestores e representantes públicos das 38 cidades do Vale.
Todas as abordagens estarão ancoradas na política editorial que norteia A Hora, onde a imparcialidade, pluralidade, independência e a ética são a bússola da redação. Diante desta polarização extrema, nada melhor que o jornalismo profissional e sem rabo preso para encontrar melhores respostas e conclusões mais assertivas.
Fogo amigo
A camaradagem está ruindo. O acordão partidário que elegeu Rafael Mallmann para o segundo mandato em Estrela, com quase uma dezena de partidos no mesmo barco, está se aniquilando. Nem haveria de ser diferente. Os interesses saltam de todo lado. Chega a ser bonito de ver quem antes era “só elogios” a tudo e todos, agora contestando secretários e secretarias que se apresentam adversários para o ano que vem. E o pior, toda semana um novo nome se soma aos vários já projetados para concorrer a prefeito em 2020. Sejamos honestos, Estrela merece um comportamento político mais condizente ao tamanho e potencial de desenvolvimento que possui.