EGR suspende investimentos  e serviços nas ERSs 129 e 130

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EGR suspende investimentos e serviços nas ERSs 129 e 130

Empresa afirma que teve prejuízo de R$ 3 milhões desde a suspensão da cobrança do pedágio em Encantado

EGR suspende investimentos  e serviços nas ERSs 129 e 130
Vale do Taquari

A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) anunciou ontem a suspensão dos serviços nas ERSs 129 e 130. A decisão se dá após a negação de dois novos recursos na Justiça, que buscavam derrubar a liminar que suspende a cobrança. Ficam suspensos investimento em melhorias no trecho administrado pela estatal e serviços ao usuário.
“Até decisão judicial, a EGR se viu obrigada a suspender qualquer tipo de intervenção nestas rodovias, o que inclui obras de investimento, manutenção, ações de conservação e prestação de atendimentos de guincho e ambulância”, diz o comunicado publicado na tarde de ontem.
Além disso, serão suspensos os contratos com empresas que atuam na área de operação da praça de pedágio. De acordo com a EGR, prejuízo acumulado é de R$ 3 milhões desde que a cobrança das tarifas foram suspensas na praça de Encantado, em 4 de setembro.
A estatal destaca pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta terça-feira, 22. Para os entrevistados, a ERS-129 apresenta pavimento e sinalização avaliados como regulares, enquanto a ERS-130 apresenta avaliação de pavimento ótima e sinalização considerada boa.

MP vai cobrar serviços

Para o promotor do Ministério Público responsável pela ação, André Prediger, a estatal tem o dever de prestar os serviços enquanto ainda estiver na região. “A responsabilidade dela só termina quando sair definitivamente do local e devolver as vias ao estado. Não vou cobrar investimentos, mas manutenção e serviços de emergência, sim”, diz.

05_AHORAPouca mudança, diz Samu

Para o presidente do Consisa, consórcio que responde pelo serviço do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na região, a decisão traz poucas mudanças. De acordo com Klaus Schnack, as ambulâncias do Samu já atendem às rodovias, mesmo com o serviço da EGR em funcionamento, além da BR-386 e ERS-453.
Schnack afirma que o atendimento médico da estatal funciona de forma precária. “Na prática, sempre se chama o Samu, que não recebe nada para atender na rodovia. Mas não vamos negar atendimento. Se a EGR sair, teremos que assumir o serviço”, diz.
O consórcio busca ressarcimento pela atuação nas rodovias. “Temos um pleito na EGR para receber repasse de algum recurso pelos serviços prestados, mas nunca tivemos este reconhecimento”, lamenta Schnack.
O Samu conta com cinco bases na região, em Lajeado, Estrela, Teutônia, Arvorezinha e Encantado.

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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