“Quero viver com alegria, um dia de cada vez”

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“Quero viver com alegria, um dia de cada vez”

A lajeadense Ângela Maria da Silveira, 58, descobriu o câncer de mama em 2016. Com um sorriso no rosto e persistência para se curar, passou pelo tratamento e fez seu último procedimento médico no ano passado. Entre uma sessão da…

“Quero viver com alegria, um dia de cada vez”

A lajeadense Ângela Maria da Silveira, 58, descobriu o câncer de mama em 2016. Com um sorriso no rosto e persistência para se curar, passou pelo tratamento e fez seu último procedimento médico no ano passado. Entre uma sessão da quimioterapia e outra, usava uma touca para o tratamento de crioterapia, que fez com que não perdesse tantos cabelos.

• Como foi descobrir a doença?

Em agosto de 2016 apalpei a mama porque estava sentindo dores nas costas. Senti um caroço, um nódulo na lateral da mama. Logo fiz ecografia e os exames. Acharam que fosse só um cisto, mas acabou que era um nódulo. Num primeiro momento o diagnóstico é um pouco assustador. Minha filha é médica e ficou mais preocupada do que eu, porque nunca sabemos o que vai acontecer.

• O que te deu forças durante o tratamento?

Optei por fazer o tratamento em Porto Alegre. Fiz a cirurgia em outubro de 2016, e depois as quimioterapias. Também fiz 18 aplicações de uma medicação preventiva. Minha força estava na fé de que ia me curar. No pensamento positivo. Segui as orientações do médico. Pensava que faria o tratamento e ficaria bem. Fiz quatro cirurgias na mama, tive que trocar próteses, fazer reparos. Uma prótese da mama esquerda foi rejeitada. Fiz outra cirurgia para trocar essa prótese.

• O que mudou na tua vida depois de ter passado pela doença?

Depois de um câncer, passamos a valorizar muito mais a nossa saúde, alimentação. Isso fez muita diferença no tratamento. Depois disso tudo, a gente se apega mais à vida. Não fazer planos a longo prazo. Viver o hoje. Valorizar as pessoas e não as coisas. Valorizar acima de tudo a família e a saúde. Procurei não focar mais nas pequenas coisas e no que não vale a pena. Quero viver com alegria, um dia de cada vez, e olhar para o outro com empatia. Hoje sou voluntária na Liga Feminina de Combate ao Câncer. Senti que precisava fazer alguma coisa pelos outros. Ao longo do tratamento também entendi a importância de olhar para o outro.

• Como foi o processo da crioterapia?

Fiz o procedimento em Porto Alegre, e em todo o tratamento perdi pouco cabelo. Não optei por isso pela estética, mas não queria que as pessoas me vissem e sentissem pena de mim. Queria me curar e passar por isso.

• Qual é a importância de falarmos sobre a doença não apenas no mês de outubro?

É um mês dedicado a prevenção, mas é muito importante todos os dias do ano fazer esse alerta e, principalmente, o autoexame. Se eu não tivesse apalpado a mama e sentido, não teria tido a felicidade de ter essa cura que tive, sem metástase. A mulher também precisa conhecer o seu corpo, apalpar o seio e quando sentir qualquer coisa diferente, procurar esclarecer do que se trata.

Bibiana Faleiro – bibiana@jornalahora.inf.br

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