Candidatos querem anular eleição para Conselho Tutelar

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Candidatos querem anular eleição para Conselho Tutelar

Concorrentes apontam mudança nos locais de sete urnas no dia da votação e vinculação de candidatos com partidos

Teutônia

Quase metade dos candidatos derrotados nas eleições do dia 6 de outubro para o Conselho Tutelar quer a anulação do pleito. Um grupo de onze pessoas encaminhou um pedido ao Ministério Público nessa terça-feira.
O documento aponta duas situações consideradas irregulares pelos reclamantes. A alteração de locais das urnas é uma delas. Sete seções eleitorais tiveram endereço alterado, o que teria sido percebido por eleitores ao longo da realização do pleito.
As alterações teriam feito com que eleitores desistissem ou ficassem impossibilitados de votar, o que teria interferência no resultado final.
Outro fato apontado é o suposto envolvimento de candidatos com partidos políticos e igrejas. A resolução 11, que dispõe da conduta dos candidatos, proíbe propaganda “vinculada direta ou indiretamente a partido político ou que importe em abuso de poder político, econômico ou religioso.”
Os reclamantes já haviam encaminhado outras informações ao MP. Não tendo resposta, decidiram pelo pedido de anulação.

Documentos estão com promotor

O Ministério Público confirmou o recebimento do pedido, mas não fornece informações sobre o teor dos documentos entregues por conterem dados pessoais e por serem informações que envolvem interesse de crianças e adolescentes.
A documentação já está em posse do promotor Jair João Franz, que deve se manifestar sobre o tema ainda esta semana.

Comissão não vê irregularidades

O presidente da comissão eleitoral, Maicon dos Santos, afirma ter recebido cinco recursos de candidatos. Todos foram analisados pela comissão juntamente ao Comdica. “Não constatamos nenhuma irregularidade”, diz.
Em relação à mudança de locais de urnas, Santos diz que foi um erro de digitação, corrigido nas primeiras horas do pleito e amplamente divulgado por redes sociais, veículos de comunicação e cartazes nos pontos de votação. “Inclusive promotor passou em todos locais de votação e viu os cartazes”, conclui.

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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