O imaginário coletivo é sensível ao dito popular “dinheiro fácil”. Entre o sonho de ganhar na loteria, de ficar rico da noite para o dia, cada vez mais pessoas apostam nas criptomoedas. Neste novo mercado, empresas prometem ganhos que podem duplicar o investimento em poucos meses. Contudo, é preciso ter cuidado.
Ontem, no Vale do Sinos, um grupo que atuava no mercado das moedas virtuais foi alvo de uma operação da Polícia Federal. Conforme a investigação, a organização não teria autorização de autoridades competentes para atuar no setor e teria realizado a captação ilegal de recursos de cerca de 1 milhão de clientes.
Segundo a PF, foram identificadas captações que chegaram a R$ 40 milhões por dia pela suposta organização criminosa. Os valores dos investidores eram aplicados no mercado de Foreign Exchange (FOREX), compra e venda de moedas, operações que somente são autorizadas às instituições financeiras oficiais.
Entre a esperança de ver as finanças pessoais crescerem e o pesadelo do patrimônio escorrer pelo ralo, está um mecanismo intrincado, complexo e mutável. As oscilações diárias da bolsa de valores e até mesmo operações fraudulentas tornam o sistema arriscado para aventureiros.
Qualquer pessoa pode entrar. Basta ter acesso a internet e criar uma carteira virtual. Consultorias chegam a prometer mais de 50% de rendimento por dia.
O funcionamento parece simples, comprar moedas virtuais quando estão em baixa e vender em alta. Nessa variação, as empresas atuam. Os riscos são grandes, tanto de perder devido à desvalorização das moedas, quanto de ser vítima de um estelionato ou uma pirâmide financeira.
Antes de investir, especialistas recomendam estudar o assunto. O conhecimento sobre o funcionamento dessa novidade e das oscilações do mercado é o primeiro movimento. Caso busque ajuda externa, é necessário certificar-se da idoneidade da consultoria.
