Enfrentar o uso de álcool e outras drogas durante a infância e a adolescência é salvaguardar o futuro. O tema é preocupante e precisa da atenção da comunidade regional. Conforme levantamento feito entre 2017 e 2018, constatou-se que mais de 75% dos adolescentes de Lajeado, por exemplo, já consumiram bebidas alcoólicas.
O consumo precoce de substâncias psicoativas interfere em diversos aspectos no desenvolvimento do jovem. Conforme especialistas, quanto mais cedo as pessoas fazem o uso de álcool, mais prejuízos têm e mais suscetíveis ficam à dependência. Trabalhar a consciência desses indivíduos, portanto, é fundamental para ajudar nas escolhas.
Os adolescentes vivem em circunstâncias e necessidades diferentes. Essa fase é especial para a formação da identidade e da afirmação da autonomia do indivíduo. As experiências nesse período da vida repercutem de forma direta na fase adulta.
Em meio à revolução tecnológica em curso, os menores de hoje apresentam características e comportamentos ainda mais singulares, que muitas vezes os adultos têm dificuldades de compreender. Nesse cenário, fica ainda mais complexo acessar a consciência dos jovens e adolescentes para alertá-los sobre os perigos dos descaminhos da drogadição.
Neste sentido, ganham cada vez mais importância as iniciativas como o programa Vida + Viva sem Álcool que, por meio do trabalho de voluntários e de integrantes de organizações públicas e não governamentais, propaga valores e informações para criar nos adolescentes e nas crianças um sentimento de respeito à vida.
Desde 2012, o projeto congrega organizações para enfrentar um problema premente que assombra famílias independente de sua condição financeira. O objetivo é conscientizar crianças, adolescentes e pais, por meio de palestras e atividades lúdicas, acerca dos riscos do consumo de álcool e outras drogas. Ontem, a Univates sediou uma importante roda de conversa sobre o tema; e hoje, os estudantes protagonizam o já tradicional concurso cultural.
Por meio das atividades do programa, provoca-se uma reflexão mais do que necessária à comunidade regional e abrem-se possibilidades reais para a formação de uma nova sociedade.
