Considerada uma das principais vias do bairro, a Avenida João Alberto Schmidt proporciona situações distintas para os moradores. Parte do trecho situado à direita da Benjamin Constant, em direção à BR-386, não está pavimentada, o que gera transtornos para moradores e comerciantes, faça chuva ou faça sol.
Para quem mora no local, a paciência está se esgotando. A aposentada Normélia Cecília Fauri, 65, se mudou para a rua há dez anos com o marido, Silvino João Fauri, e desde aquela época ouve a promessa de que o trecho será pavimentado. Mas a obra nunca se concretizou desde então.
Causou maior estranhamento a ela o fato de que as duas quadras situadas antes de sua casa receberão calçamento. “Estamos com as mãos e os pés atados. Aqui não há muitos moradores, e alegam que os investidores (proprietários dos terrenos) não têm interesse em calçar tudo, só uma parte. Acho isso uma vergonha”, lamenta.
Normélia lembra que, inicialmente, não queria adquirir o terreno, justamente por não haver calçamento no local, mas acabou cedendo. “Falaram que logo teria calçamento. A minha filha, que mora em Porto Alegre, também comprou um terreno. Mas disse que só vai se mudar e construir se calçarem a rua”, comenta.
Poeira e barro
Um dos maiores problemas enfrentados por quem reside na João Alberto Schmitt é a poeira. Em dias muito secos e de altas temperaturas, como foi a semana anterior, a situação se agrava.
“Não posso nem abrir a casa, pois tenho rinite. Os carros passam e trazem uma nuvem de poeira”, lembra Normélia. Outro transtorno é o barro causado pelas chuvas. Ao circular pela rua, é necessário ter atenção com os buracos.
O proprietário de uma troca de óleo, Valdecir Paulo Petzen, 54, espera faz 15 anos pelo calçamento. Sua quadra, porém, está entre as que serão contempladas com o pavimento. “Era para ter começado essa semana. A prefeitura já trouxe boa parte do material a ser colocado”, diz.

Quadras mais próximas da Benjamin Constant receberão pavimentação, mas chuva atrasou início dos trabalhos
Chuva atrapalha início de obra
Inicialmente, as duas primeiras quadras da João Alberto Schmidt, a partir da esquina com a Benjamin Constant, receberão calçamento. A obra se dará por meio do Programa de Pavimentação Comunitária, onde o governo municipal cede o cordão, canos e base, enquanto moradores entram com a mão de obra e o PVS.
Segundo o secretário municipal de Obras e Serviços Urbanos, Fabiano Bergmann, o mau tempo atrasou o início dos trabalhos. “Vamos fazer a cancha, depois colocaremos o meio fio e as pedras. Isso deve ser feito assim que o tempo melhorar”, projeta.
Quanto à continuação da rua, Bergmann garante que é de interesse do governo seguir com a pavimentação. “Nossa intenção é essa, pois é uma rua com bastante tráfego. Estamos indo atrás dos proprietários dos terrenos, que são de fora, para fechar a parceria com eles. Se ficar toda pavimentada, ela vai ficar bem bonita”, salienta.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br