As Vigilâncias Ambiental e Sanitária de Teutônia aguardam exames do Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen) sobre duas novas suspeitas de dengue no município. Ambos os casos foram registrados na semana passada.
As pessoas tiveram fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos e sintomas típicos da dengue que duram cerca de uma semana.
Nos dois casos, foram orientados a usarem repelentes, fazerem os exames e retornaram para as atividades normais.
Um dos casos no Bairro Canabarro, há suspeita de dengue importada de outro estado. Já no caso do Bairro Teutônia, é possível que a pessoa tenha contraído a doença dentro do município, a chamada dengue autóctone.
Os possíveis casos colocam em alerta autoridades da saúde municipal. Conforme o coordenador das duas vigilâncias, Evandro de Conto Borba, o município estava desde 2013 sem registrar sinais da doença.
Borba recomenda aos moradores revisões semanais nos pátios e terrenos para evitar acúmulo de água. “Qualquer pequeno objeto pode ser um criadouro, pois a fêmea do Aedes gosta de pequenos criadouros. São mais de 18 mil imóveis no município, então a população precisa se sensibilizar”, sustenta.
O Executivo realiza campanhas de sensibilização, além de visitas com orientações das agentes comunitárias e coleta de larvas das agentes de endemias. O Primeira Infância Melhor (PIM) também oferece práticas para famílias e crianças nas escolas.
Nos dias 8 e 9, agentes de saúde e combate a endemias participaram de curso de capacitação. Aulas teóricas de como encontrar e eliminar criadouros foram apresentadas no primeiro dia. O segundo serviu para a prática realizada no cemitério evangélico do bairro Canabarro.
“Assustador” o número de larvas
Análise feita na semana passada pela vigilâncias de Teutônia encontrou sete Aedes aegypti confirmados por laboratório em um tubito com 10 larvas no bairro Languiru. A situação é classificada como “assustadora” por Borba.
“A gente encontrava, às vezes, uma, duas, até três. Mas sete larvas é muito. Verificamos que a infestação dos mosquitos tomou uma dimensão preocupante”, comenta. De todos os bairros de Teutônia, apenas no Boa Vista os casos são mais raros, cita Borba.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br
