Para um dos sócios da empresa responsável pela Pousada da Criança, a funcionária afastada por decisão judicial na semana passada é uma profissional qualificada e vítima de uma injustiça.
Na última quinta-feira, A Hora publicou uma reportagem sobre um caso que tramita em segredo de Justiça. A reportagem teve acesso à intimação entregue ao governo municipal determinando o afastamento da coordenadora do espaço que acolhe menores em situação de vulnerabilidade social ou portadores de deficiência.
Na tarde de ontem, Odécio Dirceu Dreissig falou à reportagem. O responsável pela empresa afirma que, em agosto, teve conhecimento de uma desavença entre duas funcionárias, a psicóloga e a coordenadora da casa. Em função do atrito, foi dado aviso prévio a ambas.
“Neste período, houve uma reunião junto à Sedesth, onde todos os profissionais que trabalham na pousada disseram que não era verdade, que a coordenadora era uma pessoa boa e que estava sendo feita uma injustiça demitindo ela”, diz.
A empresa decidiu retirar o aviso prévio da coordenadora e mantê-la na função. De acordo com Dreissig, após o episódio, a psicóloga teria feito denúncia ao Ministério Público.
Ele garante que a coordenadora foi contratada dentro as exigências do contrato firmado com a prefeitura. “Foi feito teste de avaliação psicológica, que não acusou agressividade. E seleção conforme licitação, que exige curso superior e pós-graduação, o que ela tem, é uma profissional muito competente”, define. “Na minha opinião está sendo feita uma injustiça”, conclui.
Dreissig afirma que a empresa não teve conhecimento sobre eventuais irregularidades no local.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@hornalahora.inf.br