Na semana passada, tive uma longa conversa com o presidente do Grupo Imec, Leonardo Taufer, e o diretor de marketing, Eneo karkuchinski. Entre outros assuntos, eles falaram sobre os projetos de expansão da empresa, com previsão de abertura de duas lojas por ano pelos próximos cinco anos, e os investimentos na área de tecnologia – uma das principais apostas da rede.
A parte já visível desses investimentos é a ampliação no número de máquinas de self-checkout. Depois do sucesso dos testes na matriz, em Lajeado, as máquinas começam a aparecer em outras unidades. Mas os planos para o
futuro são ainda mais ousados. Pensando em um cliente cada vez mais multiplataforma, o Imec trabalha na criação de um aplicativo para operações de e-commerce.
Conforme Taufer, a ideia é criar um sistema robusto e perene. Lembra que grandes players, como Wallmart e Carrefour, iniciaram as vendas on-line, mas acabaram encerrando a modalidade, por isso a intenção de tomar decisões bem estruturadas para o setor. A empresa também experimenta o uso de inteligência artificial para
análise de dados sobre o comportamento do consumidor e aumento da precisão dos processos internos.
Marcante e atual
“O pior defeito dos vendedores é que qoram treinados em convencer as pessoas a comprar o que elas não querem, em vez de compreender os anseios do consumidor. Uma simples pergunta muda tudo.”
Empresário Jorge Faccioni durante Workshop Negócios em Pauta de abril de 2018.
Dinheiro verde
A Santa Flor cumpriu seu papel de apresentar ao público regional o projeto Santa Clara Mais Saudável, voltado para a produção orgânica. Mais do que um incentivo nos conceitos de produção ecológica e alimentação saudável, a aposta é na rentabilidade.
No mundo, os recursos provenientes de negócios ecologicamente corretos recebem a alcunha de green money, dinheiro verde no português. É uma das principais tendências econômicas nos países desenvolvidos e deveria ser levada mais a sério por aqui.
Na Santa Flor, os orgânicos vendidos renderam mais de R$ 120 mil. O resultado me surpreendeu, pois não imaginei que as pessoas estariam dispostas a “fazer feira” em meio a tantas outras atrações. Mais uma demonstração de que a estratégia foi acertada.
Foco dos investimentos
A Construmóbil 2019 evidencia uma realidade que salta aos olhos de quem percorre as ruas de Lajeado. O aumento dos investimentos em construção civil e a verticalização da cidade são visíveis e tem reflexos nas demais cidades do Vale. A região é um grande canteiro de obras residenciais, comerciais e industriais.
Empresários e autoridades falam sobre uma grande mudança no eixo dos investimentos neste RS pós-crise. Com um setor metalmecânico ainda convalido, a Serra se torna menos atrativa. Alguns acreditam que o Vale do Taquari já é a bola da vez. O potencial existe.
A proximidade da região metropolitana, potencializada pela duplicação da BR-386, a indústria pujante, lastreada pelo agronegócio, e as iniciativas voltadas para a inovação indicam um futuro virtuoso. Se é verdade que ainda precisamos avançar muito, me parece que os caminhos estão sendo trilhados.
Os primeiros dias da feira confirmam a animação do mercado. O foco nos negócios é a maior virtude da principal vitrine da construção civil da região, apesar de algumas reclamações quanto ao valor elevado dos estandes.
Faltam ainda seis dias para o fim da Construmóbil. Só depois teremos uma avaliação completa quanto aos resultados do evento. Aos leitores, sugiro a visita. Os belos estandes mostram o esforço das empresas em trazer para o público o que há de melhor no setor.
O Grupo A Hora promove no dia 3 o “A força da Inovação para cidades inteligentes.” Será uma ótima oportunidade para discutir o crescimento urbano e as cidades que queremos para o futuro da região.
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Em tempo
Aproveito o espaço para parabenizar o colega Filipe Faleiro e toda a equipe do Grupo A Hora pelos prêmios conquistados em concurso da Associação de Diários do Interior (ADI). Com a matéria “Transformação da indústria – Profissões do futuro”, Faleiro ficou em primeiro lugar na categoria Jornalismo Econômico, enquanto a instituição ficou em terceiro na categoria “Cases de Gestão” com o projeto Pense. Merecido.
Boa Leitura!