Desafios do envelhecimento

Editorial

Desafios do envelhecimento

Preparar a região para o envelhecimento da população é tema estratégico que precisa da atenção dos gestores públicos. Segundo dados do IBGE, quase 20% dos moradores do Vale atualmente são idosos. São mais de 71 mil habitantes acima de 60…

Preparar a região para o envelhecimento da população é tema estratégico que precisa da atenção dos gestores públicos. Segundo dados do IBGE, quase 20% dos moradores do Vale atualmente são idosos. São mais de 71 mil habitantes acima de 60 anos entre cerca de 381,5 mil pessoas.
No Rio Grande do Sul, nesta semana, conforme projeções, o número de habitantes na chamada terceira idade supera ou se iguala, pela primeira vez na história, à quantidade de crianças e adolescentes de zero a 14 anos. Trata-se de uma alteração significativa no perfil demográfico gaúcho.
O aumento da longevidade e as profundas mudanças no comportamento das pessoas, especialmente das famílias, que hoje optam por terem menos filhos, reforçam a tendência progressiva de envelhecimento. Estado, municípios e a sociedade como um todo precisam estar atentos ao fenômeno.
Frente à estimativa do IBGE de que o total de idosos tende a triplicar nos próximos 40 anos, é imperioso estabelecer políticas públicas direcionadas. Seja no atendimento diferenciado em saúde, em programas de bem-estar, lazer e entretenimento, ou mesmo na formação profissional e na geração de postos de trabalho para esse público.
Esse envelhecimento demográfico é complexo e traz análises positivas e negativas. Por um lado, a longevidade é resultado de uma melhoria na qualidade de vida e nos serviços de saúde. Na outra ponta, significa a necessidade de mais verba para manter o sistema de atendimento em saúde.
Aos poucos, o meio empresarial também passa a perceber as potencialidades dessa transformação. Empreendimentos voltados a esse nicho em ascensão começam a ganhar força. Em Fazenda Vilanova, por exemplo, um grande condomínio com serviços específicos disponíveis para idosos já está projetado, num investimento de cerca de R$ 35 milhões.
O desafio maior, sobretudo, é garantir qualidade de vida. E não consiste em tarefa fácil, visto que os idosos do futuro, muito provavelmente, não contarão com os mesmo benefícios previdenciários que os de hoje.

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