Falar de câncer é delicado. Principalmente no mundo feminino. Nesse mês de outubro, vemos o símbolo da prevenção ao câncer de mama espalhado em diferentes campanhas e ações sociais.
Não presenciei a doença de perto. Não sei seus efeitos reais. Não senti na pele o que milhares de mulheres sofrem depois de sessão atrás de sessão da quimioterapia. Nós somos diferentes. Nossa feminilidade é a nossa força. Mas a doença é capaz de afetar até isso, quando pacientes retiram as mamas, ou perdem o cabelo.
Acho injusto com elas falar de algo que não vivi. Mas considero extremamente necessário. Para a reportagem especial do caderno, conversei com duas mulheres corajosas e incrivelmente fortes que passaram pelo câncer. A feminilidade delas, mesmo sem cabelos ou sem parte do seio, está na garra e vontade de viver. Mulheres são guerreiras antes de serem esteticamente bonitas.
Durante a conversa, elas choraram. Eu só soube segurar suas mãos. Imaginei tudo o que passaram e, egoistamente, não achei que eu própria teria forças. Mas elas se agarraram na família, na fé em Deus e estão aí cheias de vontade de viver. Vendo o sorriso delas e a gratidão, senti-me privilegiada por tê-las conhecido.
O Outubro Rosa não é só mais um mês de prevenção, ele é o reforço do cuidado que devemos ter o ano inteiro. O autoexame pode ser feito em casa mesmo, em frente ao espelho. Qualquer sinal que lhe deixe insegura, consulte sua médica. Saiba que muitas de nós estão aqui para te ajudar.