“Não adianta apenas automatizar”, alerta especialista

CIDADES inteligentes

“Não adianta apenas automatizar”, alerta especialista

Debate sobre Cidades Inteligentes reforça necessidade de engajar as pessoas no processo de modernização para que ele seja sustentável

“Não adianta apenas automatizar”, alerta especialista

Aliar tecnologia, sustentabilidade e integração para melhorar a qualidade de vida no município. O conceito de Cidades Inteligentes está cada vez mais presente no cotidiano popular, o que reforça a necessidade de os agentes engajarem as pessoas no processo de modernização.
Este foi o foco do painel “A força da Inovação para cidades inteligentes”, realizado ontem, 3, à noite, no Parque do Imigrante. O debate, que integrou a programação da Construmóbil 2019, foi promovido pelo Grupo A Hora.
Um dos painelistas convidados foi o professor e coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Cidades Inteligentes da PUC-RS, Fabiano Hessel. Ele enxergou um grande potencial em Lajeado para se integrar neste processo de construir e modernizar de maneira sustentável.
“É difícil estar sempre na ponta. Lajeado quer dar um salto e pode se valer do que já foi feito mundo afora e adaptar à realidade local”, comentou Hessel, ressaltando: “Não adianta apenas automatizar”.

06_AHORAPensamentos à longo prazo

Hessel alertou também para o fato de que se tenha um projeto de longo prazo para pensar o município, que não seja de apenas um prefeito.
“O ator público quer ser imediatista e resolver em quatro anos. Isso não dá. Deve ser um plano de Estado que transpõe gestão. Construir uma cidade planejada é um processo de longo prazo”.
Presente no debate, o prefeito Marcelo Caumo apontou projetos iniciados em sua gestão que dialogam com o conceito de Cidades Inteligentes, além de abordar a importância da atualização do Plano Diretor, que iniciou com um estudo realizado em 2017.

Mobilidade urbana

Outro assunto abordado dentro do contexto de Cidades Inteligentes foi a mobilidade urbana. Diretora de Inovação do Tecnovates, Simone Stulp, defendeu maneiras de qualificar o trânsito da cidade, favorecendo o transporte coletivo urbano.
“Uma das saídas para tirar carros das cidades é reduzir os espaços de estacionamento. Isso permite alargar as vias e favorecerá o transporte coletivo. Precisamos repensar o uso das avenidas, já que não existem tantas em Lajeado. É uma das saídas para qualificar a mobilidade urbana”, reforça.
Outra painelista, Bia Kern complementou a análise de Simone e falou da importância de implantar uma nova cultura na sociedade. “Em Porto Alegre estão destruindo prédios históricos para construir estacionamento. Isso é a prova de que a cidade não está sustentável e que prioriza o carro”.

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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