Na terça-feira, dia 1º, cerca de 900 servidores do judiciário de todas regiões do estado se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça (TJ), em Porto Alegre. A categoria está em greve, por tempo indeterminado, desde o dia 24 de setembro e reivindica o congelamento salarial e a extinção de cargos de oficiais escreventes.
Conforme o Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus/RS), a greve já alcança cerca de 80% das comarcas do estado. Após o ato no Tribunal, os servidores seguiram em caminhada até a Assembleia Legislativa
Durante a paralisação, servidores da comarca de Lajeado estão nos locais de trabalho para distribuir materiais esclarecendo os motivos da greve e solicitando apoio da população ao movimento. Em Estrela, servidores protestam em frente ao Fórum.
A orientação prévia em caso de greve é de manter o mínimo de 30% de servidores por comarca para garantir o atendimento. Assim, os servidores se organizam de forma independente para manter o atendimento a comunidade.
Entenda a reivindicação
Os trabalhadores pleiteiam uma resposta do Poder Judiciário ao Projeto de Lei 93/2017, que, caso aprovado, deve extinguir cerca de 5 mil cargos de oficial escrevente do quadro funcional do TJ, sendo substituído por um cargo de técnico judiciário.
Os trabalhadores do judiciário do Estado enfrentam cinco anos de congelamento salarial e falta de perspectivas de progressão na carreira. Os mesmos foram reconhecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por 11 anos consecutivos como os mais eficientes do país.
LAURA MALLMANN – laura@jornalahora.inf.br
