A Hora visita bairro Montanha e recebe demandas da comunidade

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A Hora visita bairro Montanha e recebe demandas da comunidade

Projeto Redação nas Ruas chegou à segunda edição no último sábado. Entre as principais reivindicações locais, estão melhores condições de infraestrutura, áreas de lazer qualificadas e limpeza urbana

A Hora visita bairro Montanha e recebe demandas da comunidade

O bairro Montanha foi o local escolhido pelo Grupo A Hora para dar sequência ao projeto Redação nas Ruas. Uma equipe formada por mais de dez profissionais percorreu, na manhã do último sábado, 28, as ruas de uma das áreas mais populosas da cidade.
O projeto, implementado neste ano pelo veículo, tem como objetivo aproximar os profissionais de jornalismo e de relacionamento às comunidades dos bairros, para constatar dificuldades, histórias curiosas e coletar sugestões de assuntos para futuras reportagens.
Além disso, foram distribuídos exemplares da edição de fim de semana do A Hora como cortesia e oferecidas assinaturas do jornal para moradores e comerciantes com quem a equipe conversou durante a ação.
Coordenador do projeto, o jornalista Alexandre Miorim ressalta que a proposta é estar cada vez mais perto dos leitores e da comunidade regional. “Isso é fundamental para desenvolver com qualidade o trabalho jornalístico”, avalia.
Em tempos de superficialidade nas relações, A Hora aposta no contrário, em estabelecer vínculos duradouros e consistentes. “Para estar de fato a serviço do leitor, é preciso estar junto dele, conhecê-lo de perto, compreender seus anseios e compartilhá-los”.

Promessa de alargamento

Há quase duas décadas, o comerciante Cláudio Zago, 58, decidiu mudar o endereço de sua loja de materiais de construção, no bairro Montanha. Escolheu a Avenida Benjamin Constant, já projetando o crescimento populacional da localidade nos anos seguintes.
Só que o tempo passou e a expectativa deu lugar à frustração. A promessa de alargamento da avenida jamais foi cumprida. Zago respeitou a metragem pré-definida pelo governo municipal quando construiu a nova sede da loja na época. “Pediram um recuo de 30 metros da avenida e respeitamos. No fim, isso acabou sendo um prejuízo para nós”, lamenta.
Zago pede maior atenção do governo com o bairro e diz que outros locais têm recebido um tratamento diferenciado. “Nós estamos esquecidos aqui. Estão investindo até nos fundos da avenida, mas não pensam aqui na frente. Onde aperta, não resolvem”, critica o comerciante.
O trânsito é alvo frequente de queixas. Proprietária de uma floricultura às margens da avenida, Roselaine do Monte conta que acidentes no local são frequentes e que o tráfego intenso de veículos nos horários de pico é cada vez maior. “Muitos clientes acabam desistindo de vir porque não conseguem atravessar a rua. O trânsito está cada vez mais caótico”, dispara.

Mais quebra-molas

Sair da garagem e ingressar na Benjamin Constant é um desafio e tanto para os moradores. Principalmente em horários de pico. O aposentado Vitor José Petry, 61, reside desde 1985 no local e, desde então, vê cada vez mais dificuldades para fazer manobras que deveriam ser simples.
“Às vezes levo quase 10 minutos para conseguir sair, porque ninguém para. Também é ruim para atravessar a rua. É muito movimento para pouca avenida”, reclama.
Ele sugere a instalação de mais um quebra-molas ou um semáforo na avenida, no trecho que compreende as ruas João Alberto Schmitt e João Sebastiany.


Ratos nas lixeiras

MAPA DA CIDADE_03Na rua das Pereiras, a proliferação de ratos preocupa os moradores próximos. Todos os dias, roedores saem das redes de esgoto e dos terrenos baldios e avançam para as lixeiras.
Além de causar uma péssima aparência, a comunidade tem receio quanto às doenças espalhadas pelos ratos, como a leptospirose.
“Muitas vezes tem crianças brincando no entorno e acabam tendo contato com os ambientes e espaços por onde os ratos passam. Isso é muito grave e precisa de uma solução rápida”, apontam moradores.


MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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