Segue o impasse

Editorial

Segue o impasse

O imbróglio em torno do abrigo São Chico perdura em Lajeado. Neste ano, a entidade já tentou, por diversas vezes, migrar a um novo endereço para dar continuidade ao acolhimento a pessoas em situação de rua. No entanto, todas as…

O imbróglio em torno do abrigo São Chico perdura em Lajeado. Neste ano, a entidade já tentou, por diversas vezes, migrar a um novo endereço para dar continuidade ao acolhimento a pessoas em situação de rua. No entanto, todas as tentativas até o momento foram frustradas.
Após reclamações da comunidade escolar de uma instituição de ensino que fica próxima à sede atual do abrigo, a entidade buscou, junto com o governo municipal, pelo menos duas novas localidades, mas esbarrou na preocupação da comunidade.
Por meio de abaixo-assinados, os moradores do entorno dos lugares almejados manifestam contrariedade à chegada do abrigo, pelos supostos problemas de segurança que este pode ocasionar. O temor é que os usuários do serviço de assistência perturbam a convivência, gerem problemas e cometam delitos.
Trata-se de um problema complexo, visto que o Abrigo São Chico desempenha um trabalho de extrema importância para a sociedade, proporcionando condições de dignidade e possibilidade de reabilitação para pessoas que, por algum motivo, precisam de ajuda.
Por outro lado, a preocupação é legítima, já que o serviço prestado pela entidade não consegue garantir que os usuários mantenham uma conduta adequada dentro e fora do espaço da instituição.
Desde o início das atividades, em 2001, o abrigo já passou por cinco endereços diferentes. Nos últimos meses, mais de dez imóveis foram avaliados.
Importante reconhecer a postura conciliadora da direção do São Chico. Por lei, a entidade teria autonomia para escolher a localização da sede, sem impeditivos. Porém, a decisão institucional é buscar um consenso junto à comunidade lajeadense.
Enquanto isso, o abrigo segue funcionando no mesmo endereço. Espera-se que o bom senso e o equilíbrio conduzam esse processo de mudança, para que a entidade consiga manter o seu importante trabalho, sem comprometer a tranquilidade da vizinhança.

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