“Se a vida fosse uma peça de artesanato, ela seria um girassol”

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“Se a vida fosse uma peça de artesanato, ela seria um girassol”

Anita Simone Stamm Wolker é presidente da Associação dos Artesãos de Estrela (Estrelart) faz quase oito anos. Ex-secretária e recepcionista, descobriu no hobby uma profissão. Nos cursos feitos para aperfeiçoar o que eram momentos de descontração com as amigas, encontrou…

“Se a vida fosse uma peça de artesanato, ela seria um girassol”

Anita Simone Stamm Wolker é presidente da Associação dos Artesãos de Estrela (Estrelart) faz quase oito anos. Ex-secretária e recepcionista, descobriu no hobby uma profissão. Nos cursos feitos para aperfeiçoar o que eram momentos de descontração com as amigas, encontrou uma possibilidade de renda e de satisfação pessoal.

• Como o artesanato entrou na tua vida?

Era um hobby, uma diversão. Com minhas amigas, fazíamos cursos em Lajeado. Rachávamos a gasolina e íamos juntas. Passou um tempo, minha família passou por uma crise financeira. Então tive de procurar trabalho. Quando fui buscar trabalho, ao lado do Sine de Estrela, ia abrir uma Casa do Artesão. Isso foi em 2000 ou 2001. Daí o coordenador do Sine me avisou. Fui me informar e peguei a última vaga como artesã. De lá para cá, se tornou a minha profissão. Comecei a vender, a fazer por encomenda e fui contratada para dar aula.

• O que representa viver da própria habilidade motora e da criatividade?

Eu me realizo. Quando comecei no artesanato, eu acordava de madrugada para olhar as peças que tinha feito. Namorava os trabalhos, às vezes nem estavam tão bonitas, mas afinal eu fiz. Eu tive capacidade para fazer isso. No começo era um hobby, hoje é uma paixão. Não consigo me ver sem o artesanato.

• Na forma de ver o mundo, se tornar artesã interferiu nas tuas convicções?

Mudou bastante, principalmente pelo fato de ensinar os outros. Trabalho nos centros de referência de assistência social. São pessoas com alguma dificuldade, que enfrentam a depressão e outros problemas. Quando elas aprendem, isso interfere na auto-estima. Antes pensavam que não prestavam para nada, e descobrem qualidades que desconheciam. Saber que podemos fazer diferença na vida de alguém é algo muito gratificante.

• Se fosse traduzir a vida, em uma peça de artesanato, o que seria?

Seria uma flor. Agora qual… Se a vida fosse uma peça de artesanato, ela seria um girassol. Porque quando não tem sol, não tem luz, os girassóis se olham. Procuram forças um no outro. Com a gente é a mesma coisa. Quando passamos por momentos difíceis, outras pessoas nos ajudam. No artesanato, por exemplo, eu sozinha não teria conseguido nada. Foi graças ao grupo, a nossa associação, que conseguimos nos fortalecer.

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

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