O belvedere Aldino Gallas foi o ponto de encontro dos mais de 100 caminhantes que participaram da primeira edição do projeto “Caminhos de Lajeado”. Instalado às margens do Rio Taquari, na Rua Osvaldo Aranha, o local já configurava uma prévia das belezas naturais previstas para a caminhada autoguiada de 15,9 quilômetros. Lá, um café da manhã colonial e um breve momento de alongamentos deram início oficialmente ao mais novo atrativo turístico da região.
A iniciativa é da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), em parceria com o projeto Passeios na Colônia e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura de Lajeado (Sedetag). Um dos idealizadores, Alício de Assunção, reforça a importância de conectar as pessoas com as belezas naturais e culturais de cada município. “No caso deste domingo, serve para os moradores se identificarem mais com o Rio Taquari.”
Presidente da Amturvales, Leandro Arenhart fala sobre a necessidade de replicar a ideia em todos os municípios do Vale do Taquari. A intenção da entidade é interligar os caminhos autoguiados, fazendo com que o turista passe mais de um dia na região, utilizando para isso a rede hoteleira e gastronômica com maior frequência. Hoje, com o Caminhos de Lajeado, já estão registrados 20 passeios.
Além de Lajeado, as cidades de Marques de Souza, Sério, Paverama, Travesseiro, Colinas, Coqueiro Baixo, Roca Sales, Vespasiano Corrêa, Arroio do Meio, Anta Gorda, Guaporé, Westfália, Progresso, Muçum, Imigrante, Doutor Ricardo e Arvorezinha também já foram contempladas com o projeto da Amturvales. Mais detalhes no site caminhosautoguiados.com.br.
“Passeio é surpreendente”
A caminhante Nerci Buzatta, 60 anos, participou de quase todos. “É uma iniciativa inexplicável. Além de tirar as pessoas da zona de conforto e me forçar a sair de casa, prova que o nosso Vale do Taquari tem um potencial enorme para este modelo de turismo. Eu já estou esperando pelo próximo caminho. Com certeza estarei lá”, garante.
Já para César Roberto Kelm, que mora faz 30 anos em Lajeado, o passeio foi surpreendente. “Quando meus parentes de Porto Alegre me visitam, levo ao Morro Gaúcho. Não sabia que havia tantas belezas aqui mesmo na minha cidade”, diz ele, se referindo especialmente ao paredão de pedras junto ao Rio Taquari, no bairro Carneiros.
O trajeto
O passeio de 15,9 quilômetros inicia no belvedere da rua Osvaldo Aranha, no centro da cidade. Segue pela ciclovia até o Porto dos Bruder, e depois cruza em frente à Igreja Matriz pela rua Bento Gonçalves. A partir daquele ponto, os caminhantes seguem pela rua Bento Rosa entre os bairros Hidráulica e Carneiros, até acessarem a estrada de chão de Carneiros (Rua Pedro Ruschel Sobrinho).
Na zona rural, os caminhantes conhecem a Lagoa dos Ruschel, a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes e também o ponto alto do passeio, um mirante para o Paredão do Rio Taquari. Um pouco adiante, passam pelo Monumento ao Marco Zero de Lajeado, já na rua Lindolfo Labres. O trajeto segue então pela Bento Rosa, entra no Loteamento das Figueiras e finaliza no Parque Histórico Municipal.
A caminhada dura em média quatro horas. Durante o trajeto, é possível se orientar por meio de placas de sinalização. O Caminho Autoguiado de Lajeado também conta com apoio da Prefeitura de Lajeado, Sicredi, e Emater-Rs-Ascar, com auxílio da Univates, Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
RODRIGO MARTINI – rodrigomartini@jornalahora.inf.br