A Era Digital transforma o comportamento humano. Entre as infinitas possibilidades proporcionadas pelos avanços tecnológicos, destaca-se algo que caracteriza a sociedade contemporânea: o uso massivo das redes sociais.
Dinâmicas e intuitivas, as plataformas digitais passaram a fazer parte do cotidiano da população e revolucionaram as relações. Evoluem de forma exponencial e arrebanham cada vez mais seguidores. Independente da faixa etária, jovens, adultos e idosos dispendem tempo e energia nas interações mediadas pela tela do computador ou do smartphone.
Ainda na década passada, quando as plataformas recém se popularizavam, empresas baniam o acesso às mídias, devido ao seu potencial de distração e procrastinação de tarefas importantes. Hoje, contudo, as redes já invadiram o mundo do trabalho e abrem, inclusive, um novo campo de oportunidades.
Se por um lado, as redes sociais são capazes de conectar pessoas distantes a centenas de quilômetros, reaproximar velhos amigos e unir pessoas desconhecidas em torno de interesses em comum; por outro, críticos apontam para os riscos da alienação, do isolamento e da superficialidade nos relacionamentos.
Em recente levantamento da empresa inglesa de pesquisa GlobalWebIndex, que analisou dados relativos aos 45 maiores mercados de internet no mundo, o Brasil aparece como segundo país no ranking de maior tempo diário médio direcionado a sites ou aplicativos de mídia social. A entidade calcula que o internauta brasileiro dedica 225 minutos por dia às redes.
Em nível de planeta, a estimativa é que o uso global cresceu 60% em seis anos. Ou seja, o índice aumentou de cerca de 90 minutos em 2012 para 143 minutos nos primeiros três meses de 2019. O tema é abordado nas páginas 6 e 7 desta edição.
Entre vantagens e perigos, especialistas alertam para os excessos e os riscos da superexposição. Estudos associam o hábito descontrolado a problemas graves, como a ansiedade e a depressão, inclusive casos de suicídio.
Ainda que uma análise mais clara sobre os impactos no comportamento humano seja possível apenas no futuro em função do distanciamento temporal, equilíbrio, bom senso e parcimônia são recomendações aos usuários, para que o encanto pela tecnologia não vire problema de saúde.
