Faz cerca de 20 dias que moradores do loteamento Ibiza, no bairro Conventos, sentem gosto forte de cloro na água.
O casal Sabrina Aparecida Likes e Roberto Luis Muller mora no loteamento faz mais de um ano. Com uma filha de seis meses, Sabrina costuma ferver a água que vem de um poço artesiano, administrado pelo governo municipal, antes de beber. Nos últimos dias, teve que repetir a fervura três vezes para poder consumi-la, conta.
“Também sentimos o cheiro muito forte de cloro que arde os olhos”, acrescenta Sabrina. Faz alguns dias que a filha teve uma virose e a mãe acredita que seja por conta da qualidade da água.
Outro morador do bairro também sentiu a diferença. “Não dava nem para tomar os remédios com aquela água. Estava muito ruim”, afirma Alduino José Ogliari.
A esposa Irocilda Freschi comenta que teve fortes dores de cabeça depois de ingerir essa água. A filha dela, Marinês de Fátima, também sentiu o gosto ruim e o forte cheiro de cloro.
Moradores também contam que o líquido estragou algumas roupas e deixa a pele e os cabelos secos depois do banho. “Tenho que lavar todos os dias. Meu cabelo fica duro. A água só bebo quente no chimarrão”, ressalta Amelia Silva.
“Problema resolvido”
Segundo o setor de Vigilância Ambiental do município, a água que abastece as residências do loteamento é proveniente de um poço artesiano administrado pelo governo municipal, que recebe análises periódicas para monitorar seu estado e verificar a qualidade para o consumo.
De acordo com informações do órgão, assim que foi detectada uma quantidade elevada de cloro na água, as secretarias de Meio Ambiente e de Obras identificaram que o problema foi decorrente de uma válvula de retenção que não estava funcionando de forma correta, devido ao desgaste do cobre.
Segundo a Vigilância Ambiental, a válvula foi substituída, e o problema, resolvido.
“São sete poços artesianos que abastecem aquela região e cada poço tem um bombeamento individual de cloro. Então fomos monitorando até ver qual poço teria ocasionado o problema, e chegamos no número sete, que fica na região dos loteamentos Parque dos Conventos I e II e Germânia”, explica o secretário de Obras e Serviços Públicos, Fabiano Bergmann.
O secretário também afirma que, quando o poço desliga, as válvulas têm função de reter a água e o cloro. Com o desgaste de uma delas, isso não estava acontecendo, e o cloro ficava armazenado na bomba de pulsação do poço. Assim, quando ela era acionada, o componente era bombeado junto, em excesso.
BIBIANA FALEIRO – bibiana@jornalahora.inf.br