O projeto Inova RS, apresentado aos líderes empresariais e políticos dos Vales do Taquari e Rio Pardo, nessa segunda-feira, é audacioso e muito oportuno. Indispensável, para ser mais assertivo.
Diante da transformação tecnológica e do consequente impacto sobre todos os setores e negócios, a inovação se ergue como saída preponderante. A lucidez do secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, ao falar sobre o assunto, mostra o quanto o governo gaúcho leva a proposta a sério.
Tanto é assim, que a meta é transformar o RS em referência global em inovação como estratégia de desenvolvimento local até 2030. Isso não é pouco. E o que nós, Região dos Vales, temos a ver com isso? Simplesmente, tudo.
Seja pública ou privada, qualquer instituição que se pretende sustentável, precisa investir e adotar a inovação como ferramenta estratégica.
O Estado (o que não tem sido muito comum ao longo dos anos) toma uma iniciativa fundamental, em servir de indutor deste desenvolvimento inovador. A proposta do Pro_move Lajeado, liderada pela prefeitura e a Univates, está umbilicalmente ligado ao Inova RS. Ou seja, já estamos um passo à frente.
Rio Pardo e Taquari juntos
A proposta do governo estadual provoca um fato inédito. Pela primeira vez, os Vales do Rio Pardo e Taquari estão juntos num mesmo projeto desenvolvimentista. Líderes das duas regiões sentarão à mesma mesa e decidirão o rumo da inovação nos dois Vales. Na era do compartilhamento, aliar as potencialidades, um aprender com o outro e somar forças, é inteligente e promissor. Tenho certeza que vem coisa boa por aí!
Menos vereadores
Semana passada, o assunto nas câmaras da região era o artigo do colega Adair Weiss, sobre os R$ 60 milhões que custam os Legislativos do Vale do Taquari em 4 anos (que por sinal, é muita grana). “A gritaria” foi quase generalizada, com discurso de vitimização e apelações demagógicas.
Ontem, a câmara de Sapiranga – com 79 mil habitantes e distante 120 km de Lajeado -, sensível ao clamor popular, reduziu o número de vereadores de 15 para 11. Enquanto isso, aqui na aldeia, vereadores preferem criticar a imprensa em vez de ampliar o debate sobre os custos que representam.
Em Estrela, iniciou faz dois meses um movimento para propor reduzir o número de cadeiras. Mas até aqui, falta quórum.
Em Lajeado, ontem, Mariela Portz e Ildo Salvi falaram em impedir o aumento do número de cadeiras, pois havia brechas para tal na nova lei Orgânica. Era só o que faltava.
Em vez de estarem preocupados em impedir aumento, a discussão deveria ser outra: o que vão fazer em Lajeado para diminuir o custo do Legislativo.
Sai uma, entra outra
A Santa Flor terminou domingo. A Construmóbil começa hoje. As duas têm propostas e dimensões diferentes. Por outro lado, se assemelham pela característica: são temáticas.
A Construmóbil está consolidada estado afora e chega a 9ª edição como uma das referências no setor da construção civil, decoração e mobiliário. Uma feira com foco e tema bem definido atrai público específico.
A Santa Flor, que adotou a produção orgânica como a cereja do bolo, não demorará para ser reconhecida em nível estadual. O arrojo organizacional, a ousadia e a perspicácia por apostar na agroecologia fizeram da feira de Santa Clara do Sul um evento de outro patamar.
FERNANDO WEISS – fernandoweiss@jornalahora.inf.br