Pelo menos mil pessoas disputam 350 vagas

Oportunidade

Pelo menos mil pessoas disputam 350 vagas

Feirão do Emprego aproxima trabalhadores a empresas. Evento ocorreu nessa quinta, no bairro das Indústrias

Pelo menos mil pessoas disputam 350 vagas

Rosângela da Silva, 29, e Emilly Anca, 18, chegaram à sede da Associação dos Moradores do Bairro das Indústrias (Ambi) por volta das 5h30min. Ainda não tinham 20 pessoas na fila. “Levantei uma hora antes para me preparar”, diz Rosângela.
Natural de Caçapava do Sul, ela está faz seis anos desempregada. Ficou na informalidade por esse tempo. “Na minha cidade não tem trabalho. São pouquíssimas oportunidades.” Essa realidade fez Rosângela se mudar para Estrela. “Faz quase dois meses que estou aqui. Nesse tempo voltei a estudar e agora estou batalhando para conseguir um trabalho com carteira assinada.”
Foi nas aulas do supletivo do Ensino Médio que conheceu Emilly. “Nossa expectativa é que consigamos uma dessas vagas”, diz. Para isso, aponta como diferencial os dois anos de experiência como estagiária. “Uma empresa já ficou de me ligar na segunda-feira”, comenta.
Assim como elas, pelo menos mil pessoas estiveram no Feirão do Emprego dessa quinta-feira. Foi o primeiro evento deste tipo no município. “É uma oportunidade para as pessoas e também para termos informações de quais bairros precisamos aumentar nossa atenção”, relata o secretário do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth), José Itamar Alves.
A organização foi feita pela parceria entre poder público e empresas. Foram ofertadas 350 vagas divididas em 12 organizações. Os candidatos podiam se inscrever em mais de um posto.

Em busca de oportunidade

Desempregado faz três meses, Daniel Linhar, 31, veio de Colinas. Chegou por volta das 7h, duas horas antes da abertura do ginásio da Ambi. Com a ficha número 144 em mãos, fez uma pré-seleção das empresas que estavam contratando para setores ligados a experiência dele, de soldador. “Vou tentar nessa área que tenho conhecimento. Mas estou aberto para outras oportunidades, para aprender sobre outras áreas”, diz.
Opinião semelhante ao de Wesley Damaceno Couto, 27. Morador de Lajeado, atuava como vendedor. “Estou parado faz três meses. Estou em busca de uma oportunidade, seja na área e na função que for.”
Já Camila Osório Meireles, 18, tem experiência como auxiliar administrativo. Por dois anos, foi jovem aprendiz em uma empresa de Estrela. Ao término do contrato foi efetivada. “Fiquei por mais três meses e não fui efetivada.”
Chegou antes das 7h da manhã no feirão. Como prioridade, colocou vagas próximas daquilo que aprendeu na primeira experiência profissional. O que não é impeditivo para outra área de atuação, afirma.
Já o aposentado Wilian Gausmann procura uma ocupação. “Ficar parado em casa não dá.” Além disso, também é um complemento da renda. Atuou durante muitos anos como porteiro em um clube da cidade.
Na avaliação do coordenador de Trabalho da Sedesth, Eder Follmann, o evento alcançou os objetivos. “Houve uma interação entre trabalhadores e empresas.” Segundo ele, pelas informações, na próxima semana os selecionados começam a ser chamados para as entrevistas.

Café com ideias

De acordo com o secretário José Itamar Alves, o Feirão do Emprego surgiu de um encontro com empresários. “Em um Café com Ideias, representantes das empresas sugeriram um momento como estes.”
Faz mais de quatro anos que a Sedesth desenvolve políticas públicas voltadas para a empregabilidade. Começou com cursos para formação da mão de obra. No segundo momento, com o encaminhamento para vagas.
As ações buscam encaixar trabalhadores com experiências e perfis em vagas disponíveis no mercado e também. Pelos cálculos da Sedesth, mais de 1,8 mil foram contratadas devido a essas iniciativas. No cadastro, são quase 6 mil currículos.
 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

Acompanhe
nossas
redes sociais