Agroindústria obtém certificado de leite A

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Agroindústria obtém certificado de leite A

Empreendimento de Estrela é o primeiro Vale do Taquari e o segundo no Estado a oferecer leite com qualidade superior

Agroindústria obtém certificado de leite A

O leite produzido na granja Lenhard, em São Jacó, há mais de quatro décadas agora tem um diferencial único na região devido a qualidade. Recentemente a família obteve a certificação de tipo A.
O selo atesta a carga microbiana mais baixa, torna o produto mais saudável, com mais nutrientes e sabor mais adocicado. Da informalidade à consolidação da agroindústria, em 2007, foram muitos anos de entrega de leite em garrafas pet diretamente ao consumidor, de investimentos na propriedade e de qualificação com vistas a melhorar o produto. O montante aplicado passa de R$ 300 mil.
Atualmente, dos 2,8 mil litros de leite retirados diariamente do rebanho de 95 vacas, 1,2 mil são embalados na propriedade para serem vendidos como A, sendo o restante destinado para a cooperativa Languiru, de Teutônia.
Conforme o proprietário Roberto de Oliveira, a inclusão da agroindústria no Sistema Unificado de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), foram imprescindíveis a adoção de boas práticas de higiene na hora da ordenha, como pré e pós dipping, retirada dos primeiros três jatos de leite e secagem dos tetos com toalhas de papel individuais.
“Temos acompanhamento de um veterinário particular. Ele realiza uma série de análises periódicas do nosso produto, com vistas a atestar a sua qualidade”, afirma.

Único no mercado

As análises diárias e as boas práticas resultam em um produto com padrões internacionais. Após a conquista do selo, a embalagem foi alterada e requer mais atenção por parte do cliente na hora da compra. “Nosso produto é exclusivo. Ele é tirado da vaca, refrigerado, pasteurizado, embalado e segue para o mercado, sem nenhum tipo de contato manual”, explica.
O próximo passo é oferecer o leite em outros municípios, além de Estrela.

Exigências sanitárias

Conforme o assistente técnico regional em Sistema de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, veterinário Martin Schmachtenberg, para que um leite seja considerado de tipo A, não pode ser transportado cru, devendo ser pasteurizado e embalado na propriedade em que é produzido.
Além disso, pode ser consumido de cinco a sete dias após a pasteurização, desde que resfriado e armazenado corretamente. “É um leite de excelente qualidade microbiológica, obtido de um único rebanho, sem contato manual em nenhuma fase do processo, desde a ordenha até o envase”, explica.
Nesse sentido, as altíssimas exigências sanitárias, como a contagem bacteriana total (CBT) máxima aceita de 10 mil UFC/m, fazem com que o leite tipo A seja um produto raramente encontrado nos mercados.

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