Empresa fechada, contratos encerrados e nenhuma informação do paradeiro do proprietário. A suspeita é que o diretor da Teuto-Seg, empresa prestadora dos serviços de zeladoria e limpeza, tenha recebido o pagamento dos clientes e fugido sem pagar os salários de quase 100 pessoas.
Enquanto se buscam os mecanismos legais para ressarcir os trabalhadores, famílias vivem um drama. “É um caso que precisamos de agilidade para reduzir o sofrimento dessas famílias”, diz o delegado de 65 trabalhadores Alan Bücker.
Na manhã dessa sexta-feira ele conversou com o juiz da 2ª Vara do Trabalho de Estrela, Clocemar Lemes Silva. “Busquei mostrar o quão delicada é a situação. Foi um primeiro contato para explicarmos como organizaremos os processos.”
De acordo com o advogado, o primeiro movimento é ingressar com um pedido de liminar para que seja liberado o fundo de garantia dos trabalhadores e também a documentação para ingressar com a solicitação do seguro-desemprego. A ideia é iniciar com o trâmite já na segunda feira, afirma Bücker.
Processos separados
Em vez de uma ação coletiva, o advogado optou por processos individuais. De acordo com ele, pela lei, existe o princípio da corresponsabilidade. Significa que as contratantes da terceirizada também podem ser atreladas e terem de arcar com os prejuízos dos trabalhadores.
Porém, há pessoas que não querem essa indisposição. Optaram por cobrar apenas da Teuto-Seg. “Muitos por medo de retaliação, caso precisem procurar trabalho ou mesmo de parentes que estão nessas empresas.”
Pelos documentos recebidos ao longo da semana, os pagamentos dos salários sempre foram corretos até a sexta-feira passada, quanto estava previsto o acerto de agosto.
FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br
