Cuidar de plantas é uma das atividades favoritas de Paulo Antônio Gerhardt. O morador do bairro Santo André trabalha com construção civil, mas recebeu uma autorização do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) para cuidar do terreno próximo à ERS-130, que pertence ao órgão.
Faz cerca de cinco anos, Paulo começou a plantar verduras como couve-folha, alface, repolho e beterraba, que vendia para os vizinhos em uma atividade que lhe garantia o sustento em casa. Foi depois de um problema de saúde que o impossibilitou de trabalhar fora. Passava os dias na terra plantando e colhendo, até que pôde voltar à construção. A prática também auxiliou na recuperação de sua saúde, comenta.
Mas no fim do dia e nos fins de semana, faz questão de ir à terra que fica próxima da sua casa, para cuidar de suas plantas. Durante o dia, quem se dedica à terra é a esposa, Clementina Maria Bernstein.
Além daquele terreno, Paulo também gosta de trabalhar nos canteiros do bairro. “Quero deixar tudo arborizado para ficar mais bonito”, conta. Por isso, escolhe cuidadosamente as árvores que vai plantar. Entre as espécies que costuma cultivar, estão as hortências e as ripeiras. Seu maior desejo é ver a comunidade sentada junto às sombras das árvores.
“Mais uns dois anos e já vai dar pra tomar um chimarrão na sombra. Gosto de todas as árvores, mas minha preferida é a ameixeira, porque alimenta as pessoas e os passarinhos”, conta Paulo.
Tradição familiar
O gosto pela natureza vem de berço. O pai era jardineiro, trabalhava com poda, e passou o trabalho para os filhos. Paulo também já trabalhou com jardinagem.
O morador nasceu no município de Alecrim e morou em Arroio do Meio por alguns anos. Mas faz 12 que reside no bairro Santo André. Pai de quatro filhos e avô de quatro netos, também incentiva a família para o cuidado do meio ambiente.
Por isso, no aniversário de cada neto, Paulo planta uma árvore no terreno pertencente ao Daer ou nos canteiros do bairro. “Já plantei ameixeira, jaburticabeira, tem umas 10 árvores já plantadas. Eles escolhem e ajudam a plantar”, conta o morador.
BIBIANA FALEIRO – bibiana@jornalahora.inf.br