Pastor Jair Erstling, 47, inovou ao criar contas no Facebook e You Tube para propagar a palavra de Deus. Ele atua faz mais de duas décadas na Comunidade Luterana São Paulo, de Arroio do Meio.
• Como saiu de Alecrim para parar em Arroio do Meio?
Estou aqui desde fevereiro de 1996. Fiz meu estágio de teologia em Arroio do Meio no ano de 1994. Minha vinda para cá foi pelo fato de falar a língua alemã, um dos requisitos na época. Depois de me formar, voltei ao município como pastor.
• Qual a diferença de Arroio do Meio e Alecrim?
A região de Alecrim fica no noroeste do estado. Tem lavouras maiores e maquinários. Estava acostumado com essa realidade. Então quando cheguei aqui e vi os morros, percebi que não dava para fazer nada disso. Essa foi minha primeira impressão. A acolhida foi muito tranquila, principalmente pela origem alemã. Quando a gente chega e fala “alles guth” as pessoas dão abertura maior. Há 23 anos isso era mais intenso.
• O que te fez optar pela vida de sacerdócio?
Era uma coisa que queria desde pequeno. Um chamado divino. Nas minhas terras, as famílias têm uma vivência grande com as igrejas. A nossa rotina era ir nos cultos, jogar futebol nos grupos da igreja. Acho que isso acabou incentivando.
• Por que começou a usar as redes sociais para espalhar a fé?
Eu uso as redes sociais como ferramenta de trabalho. Se não fosse assim, não sei se usaria. Eu tenho uma página onde posto todas sextas-feiras uma mensagem. Para atingir 5 mil pessoas com meu trabalho na igreja, levo muito tempo. Nas redes sociais, com dois cliques chego na casa de milhares. Se usado da forma correta, a internet é ótima para espalhar a fé. A minha pergunta sempre é: ‘como posso usar as redes sociais para ajudar o outro?”.
• Qual a função do pastor em uma comunidade, na sua avaliação?
É complexo, pois nós temos muitas igrejas e muitos interesses envolvidos. Tem pessoas usando a fé e a religião para explorar. O meu objetivo é levar a palavra e o amor de Deus as pessoas. A partir disso, como ser humano, também tento ser uma pessoa melhor.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br