Hoje morador de Lajeado, Matheus Inhaia Travagini, 21, veio de Campo Grande, MS, e é ilustrador. Desenhista desde criança, seus trabalhos estão expostos na Escola de Inglês Yázigi até o fim do mês, durante o horário de funcionamento da instituição. Seu gosto pela arte surgiu por meio da reprodução de ilustrações de livros infantis.
Quando surgiu seu gosto pelo desenho?
Surgiu quando criança. Acredito que todo mundo tem aquela fase de desenhar, mas a maioria das pessoas para depois disso. Permaneci desenhando desde então. Foi meio natural, gostava de reproduzir lustrações de livros infantis apenas olhando-as.
Como está acontecendo sua exposição na escola?
Quando o pessoal do meu curso soube do meu hobby de desenhar eles me pediram pra eu levar meus desenhos. Acabaram gostando e disso surgiu a ideia de expor meus desenhos lá. Inaugurei essa exposição de talentos e acredito que depois mais alunos também poderão expor seus trabalhos artísticos. O intuito é valorizar os artistas que frequentam a escola.
O que mais gosta de desenhar?
Desenho com uma frequência bem abaixo do que eu gostaria, pois o estilo de desenho que escolhi demanda muito tempo apesar de parecer simples. Gosto de desenhar personagens da cultura pop, tanto de filmes, séries, livros, quadrinhos e jogos. Porque é um universo que eu me idêntifico bastante. Tenho um fascínio muito grande por personagens em si e como é fácil pra conseguirmos identifica-los com seus visuais icônicos, e é essa essência que tento passar para os meus desenhos. Desenhar me traz uma espécie de êxtase principalmente na primeira etapa de criação dos desenhos, aonde exerço bastante minha criatividade, tentando encaixar o que funciona naquele desenho com aquele personagem específico.
Quais técnicas você utiliza?
Eu já passei por varias fases diferentes com os meus desenhos até encontrar o meu estilo atual. Utilizo o que eu chamaria de técnica mista. Após criar o esboço com grafite, realizo o contorno com canetas nanquim e finalizo com a pintura com lápis de cor. Além disso eu gosto bastante de inventar conceitos interativos como desenhos que possuem função giratória, entre outros.
Qual o futuro que você imagina para a sua arte?
Pretendo continuar desenhando, mas ainda não sei se posso dizer que é mais que um hobby. Apesar de já ter vendido alguns exemplares para fora do país, aqui no Brasil viver de arte ainda é, infelizmente, difícil. Ainda não encontrei o meu caminho profissional, mas a única coisa que tenho certeza é que quero seguir numa área artística aonde eu possa usufruir da minha criatividade e continuar criando arte.
BIBIANA FALEIRO – bibiana@jornalahora.inf.br