Frases como “O planeta pede socorro” foram escritas em diversos cartazes e levados às ruas do bairro Centenário e Olarias na manhã de terça-feira. Vestidos de preto em sinal de luto, cerca de 35 alunos do 8º e 9º ano da Escola Municipal Guido Arnoldo Lermen realizaram um protesto pela consciência ao cuidado ambiental.
A ideia foi sugerida pelos próprios alunos em uma aula de ciências, quando a professora Tânia Márcia Schena explicava sobre os impactos do plástico na natureza. A partir disso, a turma do 9º ano lembrou dos incêndios que estavam ocorrendo na Floresta Amazônica, no mesmo mesmo período.
“Começamos a discutir a importância dela para o planeta e eu então sugeri que eles pensassem em uma ação para ajudá-la”, conta a professora. Foi assim que surgiu a ideia do protesto.
Os cartazes também foram confeccionados durante as aulas de português da professora Marisa Marazini, com partes do hino nacional e frases reflexivas sobre o impacto das ações humana ao meio ambiente.
Entre os alunos que percorreram o caminho da escola até a tradicional lagoa do bairro Olarias, ao lado da Escola Nova Viena, estava Carlos Danniel da Silva Azevedo, 14, que sugere algumas ações simples que podem ser realizadas todos os dias.”Jogar o lixo na lixeira, separar os materiais orgânicos dos recicláveis, economizar água são ações mínimas que todos deveríamos fazer”, explica o aluno.
Essa consciência também se espalha entre os colegas. O aluno Ricael Becker 14, alerta para o prejuízo que o desmatamento causa para a sociedade. “Daqui a pouco não vamos mais ter chuvas, e o aquecimento global vai nos prejudicar ainda mais”, comenta.
Eles percebem a importância do protesto com a necessidade de espalhar as informações que aprenderam em sala de aula e em pesquisas em casa com a comunidade, a fim de despertar um senso de cuidado e proteção. “A nossa função como estudantes é espalhar essas informações e conscientizar as pessoas. Nós somos a nova geração, e as nossas ações de hoje terão muito impacto no futuro”, entende a aluna Beatriz Prates, 13.
A ideia é que a ação siga de exemplo também para outros estudantes mesmo de escolas diferentes e quem sabe ganhe uma nova edição. “Estamos tentando fazer a nossa parte e isso nos dá esperança de que vamos conseguir cuidar do planeta”, acredita a aluna Priscila Vitória do Prado, 14.
“Nós trabalhamos muito para que os alunos se tornem pessoas críticas e que façam a diferença. Colher os frutos disso é muito bom”, agradece a diretora da escola, Mariela Zamboni Bauer.
BIBIANA FALEIRO – bibiana@jornalahora.inf.br