Justiça determina redução do valor para praça de Encantado. MP pede extinção

PEDÁGIO MAIS BARATO

Justiça determina redução do valor para praça de Encantado. MP pede extinção

EGR tem até sexta-feira para cumprir decisão e baixar tarifa para R$ 5,20. Estatal também terá que apresentar plano de investimentos

Justiça determina redução do valor para praça de Encantado. MP pede extinção

As ações contra a EGR começam a surtir efeito prático. Na semana passada, o juiz da 2ª Vara da Justiça de Encantado, Clovis Frank Kellermann, determinou, em primeira instância, a redução no valor do pedágio. A partir desta sexta-feira, 6, a tarifa passará de R$ 7 para R$ 5,20.
A sentença ocorre quase dois anos após ação encaminhada pelo Ministério Público (MP) de Encantado. Em outubro de 2017, promotor André Prediger questionou judicialmente o aumento da tarifa em 35%.
“Pedi que o valor baixasse pois não via motivos para o aumento. Naquela ação não ganhei a liminar. Agora no julgamento de mérito, o juiz deu ganho de causa ao Ministério Público”, comenta o promotor.
Ontem, 3, Prediger encaminhou nova ação contra a EGR, a terceira desde que a estatal passou a administrar o pedágio nas rodovias estaduais. Em caráter liminar, o pedido do MP é pelo cancelamento da cobrança e posteriormente o encerramento das atividades na praça de Encantado.
“O pedágio é um verdadeiro gargalo ao desenvolvimento dos municípios da região alta. Não faz mais sentido ter a praça depois de 22 anos”, justifica. A ação está sob análise da juíza da 1ª Vara de Encantado, Jacqueline Bervian.
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Plano de investimento

Além do MP de Encantado, a Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat) também moveu ação contra a EGR no dia 14 de agosto. Buracos, falta de manutenção e acidentes constantes motivaram a cobrança por melhorias, destaca o presidente da entidade e vereador de Lajeado, Waldir Blau.
Na decisão proferida ontem, a Justiça de Encantado deferiu o pedido que obriga a EGR a apresentar plano de investimentos na rodovia em 2019. Em contraste, descartou a suspensão de cobrança de pedágio.
“Apesar da verossimilhança das alegações, tal medida mostra-se demasiadamente drástica”, argumentou o juiz da 2ª Vara de Encantado, Kellermann em trecho da decisão.
Com a apresentação dos dados, a Avat pretende divulgar o plano de investimentos à sociedade, informa o assessor jurídico, Juliano Hesiler. “Caso o plano demonstre-se inadequado ou seja descumprindo, nada impede um novo pedido liminar para suspensão dos pagamentos”, informa.
Uma nova ação contra a EGR é preparada pela Avat, desta vez relacionada ao pedágio de Cruzeiro do Sul. O processo vai tramitar na Justiça de Lajeado.

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

 

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