Por detrás da pressa e insatisfação no mundo corporativo existe uma razão. Com isso, alguns sofrem, outros padecem ou apenas “cumprem tabela”
Quem já não escutou a afirmação acima, seja de um amigo, conhecido ou mesmo dentro da própria empresa, do próprio líder:
“Eu treino as pessoas e depois elas vão embora”.
Para iniciar a reflexão, é necessário partir do pressuposto que as pessoas têm sonhos, desejos e metas. Quando esta perspectiva está ameaçada ou confusa, ainda que seja apenas no campo da sensação, muitos pegam o chapéu em busca de novos ares.
Às vezes é o melhor a fazer. E em outras, um erro ou uma precipitação, não raramente, fruto da falta de diálogo entre as partes.
Aliás, o diálogo deve ser uma atitude de ambos. Não existe UM culpado quando ninguém dá o primeiro passo.
Vivemos uma era em que as pessoas se permitem experimentar mais, viver o desconhecido, se desafiar. Certo ou errado, cada indivíduo deve ser capaz de fazer escolhas conscientes e assertivas, ainda que isto é quase impossível na transformação tecnológica.
E é sobre isso que pretendo discorrer. Atualmente, o senso crítico tem perdido espaço e tempo para coisas banais. Gostei muito da coluna da colega, Victória Lieberknecht, no fim de semana passado, no caderno Você, quando ela discorreu sobre os hábitos da leitura e sua percepção pessoal acerca do bom uso do tempo. Este é o segredo.
É fato que as curtidas ou selfies tomam um tempo incalculável na vida de grande parte das pessoas. No passado, o amigo mais resolutivo nas horas de folga ou em momentos conflitantes era o livro, ou algo que possibilitasse uma boa leitura. Hoje, as pessoas ficam horas passando o dedo na tela e curtindo likes, algo banal e que não gera conhecimento estruturado, muito menos senso crítico. Pior: coloca alguns na “fossa” ao ponto de se deprimirem com a vida alheia “tão perfeita”.
No mundo corportaivo, esta falta de discernimento custa caro para ambas as partes. A empresa sofre com seres humanos cada vez mais dispersos e insatisfeitos, enquanto os próprios profissionais retardam sua ascensão por falta de foco naquilo que pode fazer a diferença.
Ainda assim, o prejuízo maior recai sobre as organizações. São elas que pagam no fim do mês e ainda precisam contratar profissionais de RH e psicologia cada vez mais preparados, sob pena de não conseguirem administrar suas equipes com razoabilidade. Até educação financeira faz parte.
Das muitas coisas que circulam nas redes sociais, às vezes aparece algo útil. Aqui compartilho uma mensagem encaminhada pelo colega Deoli Gräff, no grupo do WhatsApp, sobre três grandes líderes do mundo corporativo (ver imagem).
As frases dos três exemplos mundiais são atuais como nunca. E tenho convicção que este é o caminho permanente.
Pessoalmente, já treinei muita gente. Vários seguem e outros se foram. Por mais que isso, às vezes, causa certo desânimo ou incomodação, não enxergo outra saída: treinar de novo.
Não significa que a empresa é responsável pela qualificação profissional do indivíduo. Esta deve ser inerente a cada um. O que a organização deve perseguir é a cultura da capacitação contínua, por meio da persistência e propósitos, buscando alinhar ambas as partes, ao máximo.
Aos profissionais, cabem atitude e resiliência para compreender as necessidades circunstanciais nas empresas e se preparar. Assim como aos líderes, cabem percepção e interesse em promover a cultura da evolução individual e coletiva, para evitar que alguns apenas “cumpram tabela”. Ainda assim, alguns sairão, pelos diferentes motivos.
É uma relação tênue. Mas, como diz Henry Ford: “Só há uma coisa pior do que formar colaboradores e eles partirem. É não formá-los e eles permanecerem”.
Provocação desnecessária
Os ânimos estavam acalmados. E esta semana, Leandro Demori se sentiu no direito de dar uma provocada com um post nas redes sociais sobre a polêmica acerca da vinda do editor do The Intercept, Alexandre de Santi. Anunciou que vem junto, num tom quase afrontoso. Isso mais parece vontade de arrumar confusão. Aliás, uma simples palestra é menos notável que uma “palestra com tensão”. Vai que algum incidente possibilite manchete nacional!
Seria a glória para quem adora chamar atenção…
Dália impactará receita do município
O invesimento da Dália Alimentos em Cruzeiro do Sul é comemorado pelo prefeito Lairton Hauschild. E não é à toa. A cooperativa investirá R$ 7,5 milhões na construção de oito galpões, cada um com 155 metros de comprimento, dentro de um condomínio avícola, na localidade de Linha Sítio. O complexo moderno e gigante atende mais uma etapa de expansão da cooperativa sediada em Encantado, mas com parques fabris e unidades de produção em várias cidades do Vale do Taquari, nas áreas de leite, suínos e agora aves.
A estimativa do poder público é acrescer 13% no volume do Valor Adicional Fiscal do município. Aos cofres municipais, este percentual incrementará a receita em quase R$ 500 mil anuais, o que representa aproximadamente o investimento que a prefeitura fez para comprar a área e executar os serviços de terraplenagem.
Hauschild defende que o investimento oneroso se justifica não apenas pelo incremento na receita anual, mas porque atende o aspecto social e de sustentabilidade econômica do município no longo prazo. “Além disso, é uma empresa séria e sólida que vem para o município”, diz.
O trabalho da prefeitura deve ficar pronto nas próximas semanas, até porque a Dália quer deixar tudo pronto até o fim de setembro para iniciar a operação, cuja capacidade é de alojar 270 mil frangos por lote.