Brigada busca apoio de empresários para criar Força Tática

Estrela

Brigada busca apoio de empresários para criar Força Tática

Instituto Ipê Amarelo vai auxiliar na busca de recursos para viatura e equipamentos. Custo está estimado entre R$ 100 mil e 200 mil

Brigada busca apoio de empresários para criar Força Tática

Em um ano de funcionamento do sistema de videomonitoramento, a Brigada Militar registrou queda na ocorrência de sete crimes. No primeiro semestre de 2019, os roubos ao comércio caíram 84% em comparação com o mesmo período de 2018.
O crime que demanda maior atenção da BM hoje é o tráfico. “O que nos preocupa sempre vai ser o tráfico de drogas, porque ele tem uma série decorrências. Leva ao furto, ao roubo, ao comércio e ao porte ilegal de armas”, afirma o comandante da Brigada Militar no município, major Cássio Conzatti.
Para combater o tráfico, homicídios e a atuação de facções, a criação de uma nova equipe da Força Tática no município é articulada pelo comando regional da Brigada Militar. A ideia é usar a experiência do Instituto Ipê Amarelo para captar dinheiro junto a empresários e viabilizar a aquisição de viaturas, armamentos e equipamento.
Em Lajeado, o instituto arrecadou cerca de R$ 400 mil. Foram adquiridas duas viaturas, fuzis 556, granadas e equipamentos.
Conzatti afirma que, além dos recursos, a iniciativa ainda depende de efetivo. Com a formatura da nova turma de dois mil soldados, Estrela vai receber cinco policiais, porém, estes estão designados para suprir o déficit atual.
“Se eu recebesse dois a mais, além destes cinco, de repente já conseguiria montar uma célula da Força Tática aqui”, projeta.

Pronta resposta ao crime

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Hoje, as equipes da Força Tática de Lajeado atendem a toda a região e prestam apoio a algumas ações também no Vale do Rio Pardo. O comandante regional, tenente coronel Luís Marcelo Gonçalves Maya defende a importância de mais uma unidade com base em Estrela para melhorar a cobertura policial.
Para Maya, o uso da Força Tática é voltado principalmente aos crimes de maior potencial ofensivo, como tráfico de drogas e homicídios.
“Se nós criarmos uma célula em Estrela, a resposta vai ser melhor. Temos visto que em crimes de maior potencial, como tráfico e homicídios, quem tem conseguido combater melhor é a Força Tática”, avalia.

Articulação com empresários

Diretor de operações do instituto e coordenador da Defesa Civil de Estrela, Sandro Bremm estima que sejam necessários entre R$ 100 mil e R$ 200 mil para adquirir uma viatura e equipamentos como coletes, mira holográfica e binóculos de visão noturna.
O grupo busca, junto à Cacis, uma reunião para a próxima semana com empresários para apresentar a iniciativa. Bremm acredita na adesão do setor.
“É muito mais lucrativo hoje uma verba para que a gente ponha a Força Tática em Estrela, como tem em Lajeado, do que ter que investir segurança daqui a pouco”, estima.

Doação de armas apreendidas

O trabalho do instituto foi apresentado à comunidade estrelense nessa quinta, 29. No encontro, no Fórum, o promotor Carlos Augusto Fiorioli pediu à diretora da comarca, a juíza Caren Letícia Castro Pereira, que repasse as armas apreendidas em operações para uso das forças de segurança. Segundo o promotor, há grande quantidade de armamento pesado que poderia ser liberado.
Nessa quinta, 29, o Fórum de Estrela doou quatro fuzis para a Brigada Militar. O pedido foi feito pelo CRPO e teve apoio do Ministério Público. Por serem armas de grosso calibre, pouco indicadas ao policiamento de rua, os quatro fuzis 762 foram repassados à Força Tática.
O armamento foi apreendido em abril, em ação conjunta da Brigada Militar de Estrela, Polícia Federal e PRF. A carga vinha do Paraná com destino ao litoral gaúcho.
 

MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br

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