Ex-bancário, Rudimar Piccinini, 53, é uma das vozes mais conhecidas no rádio esportivo no Vale do Taquari. O narrador está faz 32 anos na profissão
Quem ou o que levou você a ser narrador esportivo? Algum fato em específico, ou alguém te influenciou a isso?
Eu era bancário em Roca Sales e, desde a infância, tinha esse sonho de ser locutor. Em 1987, o Tony Perondi me levou para a Rádio Ibirubá.
Onde você narrou sua primeira partida? Tem como definir a emoção que você sentiu?
Narrei meu primeiro jogo no interior do município de Colorado, mais precisamente em Córrego Branco. Era o campeonato municipal da cidade. Foi um desafio enorme pois cheguei no sábado e narrei de cara, sem teste. Foi uma sensação incrível.
Algum narrador te inspira?
Desde a infância ouvia Armindo Antonio Ranzolim, Haroldo de Souza e emissoras do centro do país. Vários estilos e tendências. Todos me inspiraram. Já realizei um sonho de lançar e narrar com meu filho, Ângelo Afonso, com 15 anos na época.
Hoje brilha na Radio Grenal.
Em meio a tantas narrações, qual o jogo mais marcante para você?
Na verdade foram três. Em 1997, no Maracanã, o Grêmio conquistou o título da Copa América contra o Flamengo. Em 2006, no Morumbi, Inter venceu o São Paulo e arrancou pra conquistar a América. E a Copa América no Chile, em 1991, com a Seleção Brasileira.
Como você avalia as condições para trabalhar nos estádios do Brasil e qual a pior condição que você enfrentou?
Hoje as instalações são modernas. Os estádios permitem condições técnicas e de logísticas. Mas antes de chegar aos estádios, narrei em cima de trator e caminhão nos amadores dezenas de vezes. Enfrentei chuva de granizo e temporal em cima de caminhão. Tive que pular da cabine para não cair, em virtude do vento. No amador foram inúmeras histórias
Por muito tempo você narrou futebol amador e hoje está no profissional. O que você prefere narrar? Por quê?
Foram quase duas décadas entre amador e profissional. Devo quase tudo o que sou e conquistei profissionalmente ao amador.
Relacionamento e fidelização de ouvintes. Muito orgulho do que fiz. Plantei e colho até hoje. Quando abro o microfone, indiferente da grandeza do jogo, boto toda a emoção. Narrar é um dom e uma paixão! Quem inicia só para se te pararem. Amo o que faço e farei até meu último suspiro.
EZEQUIEL NEITZKE – ezequiel@jornalahora.inf.br