Desafios  demográficos

Editorial

Desafios demográficos

Os dados sobre as estimativa populacional das cidades brasileiras divulgados nesta semana revelam aspectos importantes a serem considerados pela sociedade e gestores públicos. Se comparados ao último censo demográfico, de 2010, os índices demonstram que a região cresceu quase 10%…

Os dados sobre as estimativa populacional das cidades brasileiras divulgados nesta semana revelam aspectos importantes a serem considerados pela sociedade e gestores públicos. Se comparados ao último censo demográfico, de 2010, os índices demonstram que a região cresceu quase 10% em número de habitantes.
Em relação a outras áreas do estado, o Vale se destaca como rumo migratório. Conforme análise de especialistas, a força e o dinamismo econômico regional estão entre os principais motivos para atrair novos moradores. Qualidade de vida, oportunidades de emprego, condições melhores de segurança em relação a outras regiões estão entre as vantagens.
No entanto, frente a esse aumento, os governos locais precisam estar preparados em termos de serviços públicos, planejamento e infraestrutura. Se por um lado, a presença de mais pessoas movimenta a economia, gera riquezas aos municípios por meio dos tributos e desenvolvimento; por outro, crescem as demandas nas áreas de educação, saúde, segurança e mobilidade urbana, por exemplo.
O ranking traduz o fato de que os centros urbanos tendem a aumentar o número de pessoas, ao passo em que as cidades de pequeno porte, localizadas no interior, tendem a perder. Posicionamento geográfico, proximidade a centros urbanos e rodovias estratégicas são fatores relevantes pra esses fenômenos.
Fazenda Vilanova, por exemplo, apesar de pequena, é cortada pela BR-386 e, embora agrícola, começa a desenvolver o setor industrial, o que atrai novos moradores. Também em crescimento demográfico, Santa Clara do Sul investe com força em inovações para modernizar e qualificar a produção orgânica de alimentos, cujos mercados estão em plena expansão.
Outros municípios mais isolados no meio rural, contudo, enfrentam o envelhecimento da população e ainda abrem poucas perspectivas de ascensão social para as novas gerações. Com acessos restritos às tecnologias e poucos estímulos para permanecerem na nobre atividade de produzir alimentos no campo, os filhos dos agricultores costumam buscar as cidades mais desenvolvidas.
Com base nesses movimentos, cabe aos governos e instituições voltadas ao desenvolvimento formular políticas públicas capazes de manter o equilíbrio para que os centros urbanos não cheguem ao esgotamento, bem como para que as localidades mais isoladas não parem no tempo.

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