O esverdeamento da água e mau odor nas extremidades do lago chama m a atenção de visitantes do Parque do Engenho. A situação é monitorada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e pode provocar até a morte de animais.
A existência de ligações de esgoto do bairro Americano que desaguam no lago geram o fenômeno, explica a química industrial da Sema, Gabriela Roehrs. Conforme ela, o excesso de nutrientes e matérias orgânicas oriundas dos dejetos sanitários causam a proliferação excessiva de algas.
“A camada verde sobre a água é esse acumulo de matéria orgânica, bactérias e algas”, ressalta Gabriela. Principal preocupação, segundo a química industrial, é o aumento da população de micro-organismos e possibilidade da falta de oxigenação aos animais aquáticos.
Melhorias previstas no projeto de revitalização do parque devem impedir ou dificultar a ocorrência desses fenômenos. Entre as ações está a instalação de mais areadores na lagoa (equipamentos para aumentar o teor de oxigênio na água).
“Se está esverdeada é porque tem problema”
As algas até ajuda no tratamento do esgoto, informa o doutor em engenharia ambiental e sanitária da Univates, Odorico Konrad. Entretanto, para ele, a proliferação das plantas é preocupante por evidenciar poluição no local.
“Se está esverdeado é porque tem problema. A água não está com boa qualidade e deve ter presença de carga orgânica acima do que o oxigênio presente consegue resolver. A alga é apenas um detalhe. Problema é a causa dela”, sustenta.
Para Konrad, o falta de chuvas e consequente diminuição do nível do lago também pode estar intensificando o problema.
Projeto Nosso Engenho
Em agosto do ano passado, Sema, Univates e Ministério Público uniram forças e lançaram o “Nosso Engenho”, projeto que tem intuito de criar um sistema de monitoramento da qualidade da água e realizar ações de despoluição no arroio símbolo de Lajeado.
Na época, foi inaugurado o primeiro ponto de monitoramento da água no parque. Outros quatro estavam previstos para o bairro Centenário, Olarias, Florestal e Centro.
Conforme a Sema, nesse primeiro ano de atividades o projeto focou na fiscalização. Ações de mapeamento e proposição de melhorias devem ser retomadas nos próximos meses em áreas do Centenário e Olarias.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br