Para colocar o turismo nos trilhos

Vale do Taquari

Para colocar o turismo nos trilhos

Após primeiras viagens no fim do ano passado, Amturvales abre segunda fase do Trem dos Vales. Passeios para mais de 800 pessoas iniciam neste sábado

Para colocar o turismo nos trilhos

O projeto de trazer o Trem dos Vales começa a ganhar forma. Idealizado faz mais de 20 anos, o passeio recomeça no sábado, dia 31. O roteiro pela Ferrovia do Trigo parte de Guaporé e vai até Muçum, passando por Vespasiano Corrêa e Dois Lajeados.
Os ingressos começaram a ser vendidos no dia 15 de junho e custavam R$ 95. Menos de 36 horas depois, já estavam esgotados. Conforme o coordenador do projeto, Rafael Fontana, a atração tem potencial de transformar o turismo na região.
Junto com os roteiros consolidados, o desafio agora será integrar os serviços. “Pela primeira vez, essas cidades terão, em um dia, um movimento de 1,2 mil pessoas circulando e conhecendo os cafés, restaurantes e pontos turísticos. Será chance para vermos o que precisamos aperfeiçoar”, acredita Fontana.
Frente à grande procura por ingressos, foi possível ampliar o número de vagões. Estavam previstos 11 vagões e a região recebeu autorização para mais dois. Essa adição, diz Fontana, foi encaminhada para pessoas que estavam na lista de espera.
Detalhes do trajeto
No sábado, serão duas viagens de 46 quilômetros entre Muçum e Guaporé, com duração de 2 horas e 30 minutos. As saídas de Guaporé estão previstas às 9h. Já de Muçum, o trem partirá às 14h. Cada viagem terá no máximo 457 passageiros.
Para a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), essa etapa é importante para construir um modelo de passeio definitivo. O projeto Trem dos Vales é uma realização da entidade, da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e da Rumo Logística. Também tem a parceria das prefeituras de Colinas, Dois Lajeados, Estrela, Guaporé, Muçum, Roca Sales e de Vespasiano Corrêa.

Até 2021

Está em elaboração um diagnóstico sobre as necessidades da região, com detalhes sobre segurança no trajeto, de melhorias na ferrovia, de potencial financeiro e de contratações, como maquinistas, mecânicos e atendentes.
O documento será levado para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e à Rumo Logística, concessionária da malha ferroviária. “É um material extenso e complexo. Vamos encaminhar no próximo ano e esperamos, se tudo der certo, a liberação para uso turístico para 2021”, afirma Fontana.
 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

 
 

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