Salete Schmitz, 53, é exemplo do, cada vez maior, interesse feminino pelo futebol. A colorada comanda o consulado de Arroio do Meio e tem como meta ampliar o quadro de sócios, atualmente composto por cerca de 160 torcedores
Como foi que se tornou colorada?
Nasci colorada. Minhas primeiras lembranças já eram torcendo para o Inter. Quando era criança, escutava os jogos acompanhada de minhas irmãs em rádio de pilhas. Me lembro quando o Inter ficou octacampeão gaúcho e os títulos brasileiros na década de 70. Foi a maior festa.
Qual foi a partida mais importante que já acompanhou pelo Internacional?
Minha primeira partida no estádio foi inesquecível: Palmeiras e Inter no dia 27 de novembro de 2005. Jogo de protestos após, por duas ocasião, terem prejudicado nosso Inter. Foi o presente de aniversário que minha filha Thaiane pediu. A imagem do estádio, os cantos, nunca vão sair da minha cabeça e coração. Claro, depois acompanhei no estádio a final da Libertadores 2010 e o Mundial de 2006 em companhia de amigos. Todos momentos emocionantes.
Desde quando é a consulesa em Arroio do Meio?
Sou sócia do Inter desde 2007 e ajudava o consulado local desde 2006, como colaboradora. Estou à frente do consulado há apenas três meses.
O que representa para você ser a primeira consulesa do município?
É uma paixão inexplicável. Ser a primeira mulher à frente do consulado aumenta a responsabilidade. Futebol ainda é majoritariamente masculino. Torcer é muito diferente de colaborar.
Quais são seus planos à frente do consulado?
Meu primeiro objetivo já está em andamento que é a criação do Coloradas de Arroio do Meio, grupo fundado em parceira com Deise R. Lansine, que faz parte do consulado. Era um sonho que tínhamos em comum. Quero realizar o Criança Colorada e levar jovens para entrar no gramado em dias de partidas. Também pretendo fazer ações sociais, ampliar o quadro social e aproximar os torcedores do clube.
Como você vê a participação do público feminino nos grupos de torcedores?
As mulheres de Arroio do Meio estão casa vez mais atuantes e participativas em jogos. Torcem, dão palpites e estão entendendo casa vez mais de futebol. Isso é ótimo. No GreNal, por exemplo, em nossa excursão havia mais mulheres que homens.
FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br