O caso da menina Lívia, de Teutônia, comove o Vale do Taquari e desperta a solidariedade na comunidade regional. Com nove meses, a bebê sofre de Atrofia Muscular Espinhal (AME) e precisa de tratamento a base de um dos remédios mais caros do mundo.
Os pais correm contra o tempo para conseguir aplicar a vacina até os dois anos de idade da criança, para que o medicamento tenha o melhor efeito possível. Para tanto, são necessários R$ 9 milhões até outubro de 2020.
É sim uma missão difícil, mas não impossível. Cada vez mais, o caso sensibiliza pessoas, e campanhas se multiplicam para auxiliar a família. Empresas, entidades, veículos de comunicação, voluntários em geral se somam à corrente, com rifas, pedágios solidários, vaquinhas online, eventos, sorteios, doações e atividades diversas.
Não são raros os casos em que problemas de saúde de complexa solução ganham visibilidade e, graças à caridade, conseguem ser resolvidos ou atenuados.
Mesmo na região, em 2015, em Fazenda Vilanova, Estefany foi diagnosticada com Síndrome da Banda Aminótica e precisou passar por uma cirurgia de restauração da face. Sem condições financeiras para o procedimento, a família teve o apoio decisivo da comunidade e conseguiu a quantia necessária.
No ano passado, em Santa Maria, na região central do RS, a família de Murillo, de quatro anos, portador de uma doença genética rara chamada treacher collins, conseguiu, em julho, os recursos para realizar uma operação. O menino precisava de um aparelho no rosto para viabilizar a respiração. Por meio de campanha na internet, o dinheiro foi arrecadado, e o procedimento foi feito com sucesso.
Outro caso emblemático foi de um menino João Vicente, morador de Porto Alegre, acometido pela Síndrome Hemolítica Urêmica atípica (SHUa), doença rara que ataca os vasos sanguíneos, com consequências para órgãos vitais, especialmente os rins. Em uma campanha que ficou conhecida “Avante, Leãozinho”, os pais conseguiram o montante necessário para iniciar o tratamento.
Em comum, são exemplos de situações delicadas, que emocionam e despertam uma das características mais nobres do ser humano, que é a empatia. Enquanto esse sentimento estiver presente na comunidade, sempre haverá esperança.
