A implantação de uma CPI na câmara de Lajeado para apurar fraudes em multas, supostamente cometidas pelo servidor Carlos Kayser, tem duas motivações bem claras: a primeira, e mais contumaz, é a política. A pouco mais de um ano das eleições para prefeito, a oposição encontrou elemento substancial para tentar “sangrar” o governo de Marcelo Caumo.
Ainda que os vereadores de oposição argumentem gravidade extrema nas suspeitas e nos fatos apresentados até aqui, eles sabem – só não admitem – que o jogo é político. O interesse é sobremaneira político.
A segunda razão para a CPI é o fato em si. Kayser, e por consequência o governo, deixou a “bola picando”. A coisa pública não pode ser conduzida como se fosse a casa da mãe Joana. Bem por isso, se houve fraude, que seja apurada e, se confirmada, os autores punidos.
Promessa é promessa
“Acho que o prefeito foi um pouco infeliz em prometer zerar as filas nas creches do município. Isso é quase impossível, pois todo mês nascem crianças e surgem novas procuras”.
A sentença é do vereador Adi Cerutti, dita na última sessão da câmara de vereadores, ao rebater críticas de opositores quanto à falta de vagas nas escolas infantis de Lajeado.
Adi tem razão na análise. Por outro lado, promessa é promessa e o cidadão, especialmente aquele que está na fila, aguarda o cumprimento.
Um passo à frente
Agregar valor à matéria-prima e inovar em produtos que atendam as perspectivas de consumo são desafios permanentes das empresas que se pretendem sustentáveis. Neste sentido, o Leite Origem, lançado pela Cooperativa Languiru, é um “prato cheio”.
Fruto de um trabalho coletivo entre representantes da cooperativa e do Tecnovates, o produto preserva caraterísticas originais.
Depois da ordenha, é envazado em até 24 horas, o que elimina a necessidade de adição de estabilizantes. Por assim ser, evidencia os atributos de pureza, frescor e sabor.
Lançamento do leite Original da Languiru, em evento para a imprensa e formadores de opinião. Foto: Marcos Nagelstein/ Agência Preview
Ao que informa o jornalista da casa, Thiago Maurique, que está em Porto Alegre na cobertura da Expoagas 2019, o Leite Origem é um dos destaques da feira, onde foi apresentado ao mercado supermercadista.
Origem é do Vale dos Alimentos. Não é de hoje que as cooperativas – leia-se Languiru e Dália – colocam o Vale do Taquari em outro patamar em termos de inovação e qualidade. Além de determinantes para a economia regional, exercem papel social preponderante, pois garantem a sobrevivência da agricultura familiar e conseguem promover a sucessão a partir de programas e produtos que agregam valor. Origem é mais um ótimo exemplo.
“Estilinho” brasileiro
O recadastramento biométrico dos eleitores de Estrela provocou filas atemporais no cartório da cidade, especialmente ontem. Tudo porque quase seis mil votantes deixaram para a última hora o cadastro da biometria, fazendo jus ao velho modelo brasileiro.
Quem não fez até ontem – quando acabou o prazo – tem até maio para reverter o cancelamento e regularizar a situação para votar em outubro de 2020. Entre as consequências do cancelamento do título: obtenção de passaporte, matrícula em instituição de ensino superior, empréstimo em bancos públicos, etc. Para servidores públicos, pode representar o não recebimento do salário. Ou seja, é melhor não vacilar.
Redução de vereadores em Estrela avança
A proposta lançada pelo vereador Marco Werrmann (PV) há duas semanas, de reduzir de 13 para nove o número de vereadores em Estrela, ganha escala. Ontem, Werrmann disse à coluna que mais vereadores aderiram ao movimento desde o dia 12, quando ele lançou a ideia.
Werrmann adianta que já está elaborando o projeto de lei e que, na próxima segunda-feira, na reunião ordinária, apresentará evoluções acerca do assunto. Ou seja, a proposta está longe de ser oportunista e será levada ao cabo. “Nossa ideia foi gerar o debate sobre as finanças”, reforça. Aguardemos os próximos capítulos.
