Prorrogado o prazo para novas placas do Mercosul

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Prorrogado o prazo para novas placas do Mercosul

Nova regra estabelece que, em caso de troca da propriedade dos veículos para o mesmo município, é possível continuar com o modelo antigo de identificação

Prorrogado o prazo para novas placas do Mercosul

Mais uma vez, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou a exigência sobre a aplicação das placas do Mercosul. A mudança foi publicada no Diário Oficial e estabelece que as unidades do Departamento de Trânsito precisam instalar o novo modelo até o dia 31 de janeiro de 2020. O prazo anterior encerrava no dia 30 de junho.
Pela regra, não é mais obrigatório emplacar veículos usados quando o novo proprietário tenha domicílio no mesmo município. O modelo Mercosul será exigido para veículos novos, com primeiro emplacamento, mudança de domicílio ou estado e quando o item apresentar avarias.
O Contran também estabelece que, quando a placa não couber no receptáculo, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) poderá autorizar a redução de até 15% no tamanho, preservando as posições onde estão estampados o QR Code e distintivo BR.
O despachante Carlos Junior Stein conta que a norma com essas revisões entra em vigor no dia 27 de agosto. Em resumo, as mudanças se referem à extensão dos prazos para os estados aderirem ao novo modelo, explica. “Há sete estados que aderiram.
O Conselho prorrogou para aumentar esse número.” Também foi revisto o nome da placa. Em vez de Mercosul, se tornou Placa de Identificação Veicular (PIV).
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O padrão tem quatro letras e três números, o inverso do modelo anterior, que tinha três letras e quatro números. Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca.
A mudança ocorrerá na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para veículos de passeio, vermelha para veículos comerciais, azul para carros oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prateado para os veículos de colecionadores.

Redução nos emplacamentos

Estima-se que o Centro de Registro Veicular Automotor (CRVA) de Lajeado faça 1,2 mil vistorias por mês. Até o dia 27 de agosto, todas se convertem em troca de placa. Depois disso, a perspectiva é de uma redução de 30% dessa demanda, afirma a proprietária de uma empresa de Lajeado, Cíntia Câmara. “Fazemos umas 400 placas por mês. Essa revisão, sem dúvida, vai interferir nesse trabalho.”
A empresária conta que, para cada placa fabricada, cerca de R$ 10 são destinados para o Denatran. Antes dessa mudança no modelo, não havia depósito para o departamento nacional.
Além da empresa de Cíntia, há outras três fábricas em Lajeado. O preço é tabelado. Para carros, fica em R$ 250. Já motocicletas custam R$ 150. Administrador de outra empresa do setor, Alexandre Tunnermann, também prevê queda na procura, mas não sabe estimar de quanto será o impacto. “Sem a exigência por trocar, vai reduzir. Para os negócios não é bom.”
Para conseguir competir, diz, será preciso reduzir a margem de lucro. “Há muitas empresas. Na mesma rua são quatro. Vamos apostar em promoções para ter o atrativo do preço”, afirma.
 

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

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